[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]Em carta enviada à redação do jornal Cinform, publicada na edição desta semana (27/08 a 02/09), o aracajuano Carlos Augusto Andrade, que há seis anos reside em São Paulo, demonstra seu agradecimento ao capitão Lima, diretor de Trânsito da SMTT, e seus comandados. Confira, na íntegra, o relato de Carlos Augusto:

“Meu nome é Carlos Augusto Andrade, sou médico ortopedista e resido há 6 anos em São Paulo. Só tinha como hábito visitar minha cidade natal, Aracaju, em período de férias. Precisamente no dia 28/07/2001 – o meu hábito, tão prazeroso e sempre planejado com ansiedade, foi traído: na minha terra natal um ente querido iria conhecer a realidade nua e crua do trânsito em nosso país e padeceria num monte retorcido de ferro e estofado que momentos antes era chamado de carro.
O fato é que no dia 29/07/01 minha chegada a Aracaju, pela primeira vez, não foi com um sorriso no rosto. E os outros rostos para mim, naquele momento, eram indiferentes… Porém, aos poucos, a dor ia sendo dividida e a minha percepção parecia voltar com o lento passar dos segundos (aquele domingo seria o mais longo da minha vida). Era chegada a hora de enterrarmos uma jovem de 24 incompletos anos, vítima da imprudência de outro. Já me lembrava com nostalgia do seu sorriso e passava a enxergar os verdadeiros rostos de minha família e da minha cidade.
Este é apenas um e-mail de agradecimento, mas precisava passar toda a minha situação, inclusive emocional, daquele longo final de semana. Agradeço – e que bom ver que minha terra tem gente assim – o grupo de “rostos” que, com extrema sensibilidade, nos ajudou bastante naquele dia. Este grupo de homens era guiado por um novo rosto para mim e, ao que me pareceu, por uma alma boa e tranqüila: o capitão Lima. Agradeço a ele em especial e aos seus comandados e, ao mesmo tempo, eu me retrato por apenas ter sabido, balbuciar um discreto “obrigado” naquele instante. Grupos de homens como este fazem a diferença numa cidade pequena e que ainda se encontra presa a determinados conceitos arcaicos e tradições do nosso Nordeste. Parabéns à SMTT de Aracaju por ter nos seus quadros verdadeiros cavalheiros de farda, homens que souberam entender e facilitar a vida de estranhos que choravam a morte de uma jovem. Honraram naquele momento sua família e sua corporação. Enfim, obrigado aos batedores que estavam de serviço naquele domingo de julho, obrigado ao capitão Lima: obrigado aos – a partir de agora – amigos da SMTT de Aracaju”.

Carlos A. S. Andrade – São Paulo/SP[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text] [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

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