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Iniciou na manhã desta quinta-feira, 3, a capacitação de Saúde Mental sobre a Infância e Adolescência com o enfoque no uso de substâncias psicoativas. O evento, que terá sua segunda etapa no dia 17 de novembro e a terceira em 2012, ocorreu no auditório do Hotel D’Burguês, na Orla de Atalaia, e reuniu profissionais dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps) dos municípios de Sergipe.

Essa capacitação é promovida pelo Governo do Estado de Sergipe, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES) em parceria com a Fundação Estadual de Saúde (Funesa) e visa capacitar todos os profissionais que trabalham em Caps nos municípios que possuem o serviço, perfazendo um total de cerca de 300 pessoas qualificadas, dando seguimento à política de educação permanente para os trabalhadores do SUS e a implementação de uma efetiva Política de Saúde do Adolescente no Estado.

A assessora técnica da Diretoria de Atenção à Saúde da SES, Jaqueline Dourado, conta que os trabalhadores de Caps relatam a dificuldade de lidar com crianças e adolescentes. “Daí a importância da educação permanente para esses trabalhadores como forma de instrumentalizá-los com ferramentas que facilitem o trabalho deles no dia a dia”, frisou.

Segundo a assessora técnica da coordenação de Atenção Psicossocial da SES, Katiene Fontes, muitos trabalhadores se queixam da falta de qualificação para atender crianças e adolescentes. “Essa faixa etária ainda está em formação e os profissionais tem de ter cuidado na hora de lidar com determinadas questões, como o estabelecimento de limites, por exemplo”, apontou.

Para tratar exclusivamente de crianças e adolescentes, de acordo com o critério populacional, existem duas unidades de saúde. Uma em Nossa Senhora do Socorro e outra em Aracaju. No total, são 32 Caps no estado. “Os demais Caps atendem toda a população, mas também atendem crianças e adolescentes. A implantação e distribuição no território vai de acordo com a população de cada município”, explicou a apoiadora técnica da coordenação de Atenção Psicossocial da SES, Flávia Silveira.

De acordo com a coordenadora do Caps de Barra dos Coqueiros, Flávia Teles Chagas, a unidade de saúde atende toda a demanda do município. “Atendemos alguns casos de esquizofrenia, depressão e usuários de álcool e outras drogas”, revelou. Segundo ela, muitas crianças e adolescentes são encaminhadas para tratamento por meio do Conselho Tutelar ou do Ministério Público. “Esses encaminhados pela justiça ou pelo Conselho Tutelar são mais complicados de acompanhar. Muitos deles já possuem histórico de conflito com a lei”, ressaltou.

A médica psiquiatra da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL), Ana Salmeron, informou que atualmente cerca de 80% dos casos atendidos de adolescentes nos Caps são de usuários de crack. Outro dado apresentado pela médica é de que existe também um índice alto de consumo de álcool. “Essa é uma droga também, mas que quase ninguém fala. No entanto, o álcool, junto com outras drogas, é o grande responsável por acidentes de carro e mortes entre jovens hoje em dia”, alertou.

Transtornos

De acordo com dados do Ministério da Saúde, em torno de 10% a 20% da população de crianças e adolescentes sofrem transtornos mentais. E cerca de 3% a 4% necessitam de tratamento intensivo. Os transtornos mais frequentes são a deficiência mental, autismo, psicose infantil, transtorno de ansiedade, uso de substâncias psicoativas e suicídio entre adolescentes.

Para a psiquiatra Ana Salmeron, o uso prolongado de substâncias psicoativas por crianças e adolescentes pode gerar transtornos mentais. No entanto, os primeiros sinais de mudança de comportamento devem ser foco de atenção dos pais. “Pode ocorrer o abandono da rotina. O adolescente não querer mais ir à escola, tirar notas baixas, ficar irritado, ansioso e agressivo”, pontuou.

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