PMA apóia ações em defesa dos direitos da mulher
Para a presidente do Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres, Ivânia Pereira, que também representa a UBM em Sergipe, o foco da campanha deste ano é divulgar a lei Maria da Penha, de número 11.340/2006, que entrou em vigor em agosto deste ano e visa punir mais severamente o agressor, e também chamar à atenção da sociedade para o problema da violência contra a mulher. “Queremos sensibilizar as pessoas para que denunciem casos de violência”, observa a presidente do Conselho.
As manifestantes aproveitaram a oportunidade para também divulgar o número telefônico 180, que funciona como Disk Denúncia contra os abusos praticados contra as mulheres. Por este número, qualquer cidadão pode mobilizar uma instituição que possa amparar a vítima das agressões e buscar meios para punir o agressor. Em Aracaju, as instituições que estão à disposição de mulheres que enfrentam situação de violência são a Delegacia da Mulher, o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, a UBM e a Coordenação de Atendimento da Mulher em Situação de Violência, que funciona na Maternidade Hildete Falcão. “Estamos divulgando também o número do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, o 3179-1355 e também estamos informando qual é o papel do Conselho dentro da sociedade”, observa Ivânia Pereira. “O problema da violência contra a mulher é um problema social e, portanto, a melhor forma para superá-lo é envolver toda a sociedade”, justifica Ivânia.
Durante toda a semana, há uma programação específica. Foram montados estandes na Praça Fausto Cardoso, onde membros da UBM, Semasc e Secretaria Municipal de Saúde estão divulgando os serviços públicos de atendimento à mulher e distribuindo panfletos educativos. Além de divulgar estes serviços, os organizadores possibilitam às mulheres acesso a informações a respeito da saúde da mulher, planejamento familiar, câncer de mama e sobre a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis.
O público tem prestigiado as ações na Praça Fausto Cardoso. Para a empregada doméstica Marilene da Silva Santos, as informações dos estandes foram esclarecedoras. “Essas informações aqui são muito importantes. Eu não conhecia essa lei e acho que é muito certa porque agora vai ficar melhor para denunciar. Ainda mais porque não precisa dizer o nome de quem denuncia”, opina Marilene que hoje, em um dos estandes da praça, pela primeira vez teve contato com a camisinha feminina, um dos contraceptivos usados nas relações sexuais.
A enfermeira Cristiane Ludmila Borges, do Programa Saúde da Mulher, da Secretaria Municipal de Saúde, destaca a receptividade das pessoas. “Nós começamos as ações de panfletagem desde o sábado percorrendo a orla, praia e o mercado municipal e percebemos que, por parte das mulheres, há um interesse grande com relação às informações que estamos divulgando, apesar de ainda termos um pouco de resistência da parte masculina”, comenta a enfermeira. A artesã Tânia Biriba dos Santos acredita que a campanha é importante para a conscientização da sociedade. “Acho ótimo essa campanha. É uma iniciativa muito boa. Eu não conhecia a lei (Maria da Penha) e acho que a mulher não deve ser vítima de nenhuma violência e que isso não deve ser acobertado”, observa a artesã. “Eu acho bem interessante tudo isso que está acontecendo hoje e sou totalmente a favor dessa lei”, complementa a estudante Thelma Christina dos Anjos Martins.
Também durante o dia, a Semasc e a UBM aproveitam para reforçar a campanha intitulada “Em Briaga de Marido e Mulher queremos Meter a Colher”, promovida para combater a violência contra a mulher, criada com o objetivo de sensibilizar a sociedade para a problemática dessa violência. A campanha também ganhou a simpatia dos homens que passaram pela Fausta Cardoso. Para o secretário Gilson Guimarães, ações como estas são vitais no combate a violência. “Esses movimentos são importantes porque as mulheres começam a despertar para a realidade desses problemas. Acho que estamos avançando nesse sentido porque hoje as mulheres estão mais unidas pelos seus direitos”, acredita Gilson. “Acho importante estar divulgando essa luta contra a violência contra a mulher para que hajam espaços sociais onde isto seja discutido”, revela a estudante de psicologia Luciana Oliveira de Jesus, que ainda não tem uma opinião formada a respeito da Lei Maria da Penha. “Acho que por um lado essa lei é importante, mas ainda não sei se isso é a solução. Por isso, ainda não me posicionei a respeito desta lei”, afirma a estudante.
Programação:
Quarta-feira – 29/11
15h – Ato Público com caminhada, tendo a Praça Tobias Barreto como ponto de concentração. As manifestantes realizam caminhada até a sede da Delegacia da Mulher, localizada na Avenida Augusto Maynard.
Quinta-feira – 30/11
15h – Palestra sobre violência doméstica no Centro de Referência da Assistência Social José Augusto Arantes Savasine, localizado no bairro Japãoziho.
Sexta-feira 01/12
15h Passeata contra Aids, com início na Praça da Bandeira e término na Praça Fausto Cardoso[/vc_column_text][/vc_column]
[vc_column width=”1/3″][vc_column_text]