[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]Um dos mais respeitados pesquisadores da musica popular brasileira, Miguel Ângelo Azevedo, popularmente conhecido como Nirez, participou do VI Fórum de Forró de Aracaju. O jornalista e diretor do Museu Cearense de Comunicação ministrou a primeira palestra do evento, ´Discografia de Humberto Teixeira e Carmélia Alves´, e mostrou ao grande público presente diversos aspectos das discografias dos dois homenageados: Humberto Teixeira e Carmélia Alves. Em entrevista concedida após sua palestra à Agência Aracaju de Notícias (AAN), Nirez falou sobre a importância de eventos como o Fórum e sobre a necessidade de preservar a tradição cultural do país.

Por Milena Ninck

AGÊNCIA ARACAJU DE NOTÍCIAS – Para o senhor, qual a importância da realização de um evento como o Fórum de Forró, que está em sua sexta edição?

Nirez – Esse trabalho de resgate do autêntico forró, que é realizado em Aracaju, através de um fórum que reúne especialistas para refletir sobre o tema é de extrema importância. Em outros estados do nordeste, inclusive no meu estado, os eventos são mais voltados para a mídia e para a propaganda. Os objetivos são diferenciados. Aqui há uma preocupação com o verdadeiro forró. O cenário musical tende para uma estilização do ritmo.

AAN – Em outros estados do nordeste acontecem eventos como o Fórum?

Nirez – Há festivais, debates, mas não com a freqüência e proposta do Fórum de Aracaju. Quando acontece um evento com a temática do forró, geralmente são convidadas pessoas que não são autênticas, que desvirtuam o forró, e não apresentam uma preocupação em resgatar ritmos como o baião, o xote e o xaxado.

AAN – O Fórum de Forró já homenageou Sivuca, Marinez, Luiz Gonzaga e agora Humberto Teixeira e Carmélia Alves. Qual a sua sugestão de nomes para as próximas edições?

Nirez – Pena que os ícones do autêntico forró nordestino estejam desaparecendo. Os nomes que encantaram os xotes, os baiões, rojões, tais como Jackson do Pandeiro e Ari Lobo, já não estão mais entre nós. Carmélia Alves ainda é uma referência desse ritmo que ajuda a manter viva a tradição.

AAN – Como é que as próximas gerações irão reconhecer o baião, com essa tendência do forró eletrônico tomando conta do cenário musical?

Nirez – Além de desvirtuar os temas e ritmos típicos do forró tradicional, o forró eletrônico é vendido como se fosse original e isso não é verdade.

AAN – Então o senhor acredita que, diante de tudo isso, trabalhos de pesquisa como os de sua autoria são fundamentais para tentar manter a tradição?

Nirez – Acredito e por isso que eu me dedico a este trabalho. É importante manter viva não só essa tradição, mas todas as tradições. Tradição é cultura. O indivíduo não pode viver sem tradição. Sem passado não tem futuro. Para se ter futuro é preciso ter cultura.

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