Joquinha Gonzaga é a memória viva do rei do baião Luiz Gonzaga no Forró Caju
Participando pela primeira vez do Forró Caju, Joquinha não escondia o nervosismo e a satisfação por estar presente neste grande arraial. “Estou um pouco nervoso e ansioso por ser a primeira vez nesta festa linda e por conta da disputa de palco com grandes atrações como Quinteto Violado, Elba Ramalho e Santanna, que se apresentam no palco Luiz Gonzaga”, comentou momentos antes do início da apresentação.
Mas quando foi anunciada sua referência artística, nem a chuva impediu que os forrozeiros apreciassem o show. Aos poucos, um grande público foi se aglomerando ao redor do palco e o arrasta-pé ficou por conta do repertório que incluiu canções do rei do Baião, composições próprias de seu último álbum ´Cantos e Causos´, além de músicas de outros colegas, como Dominguinhos, Marcel Melo e Flávio José.
Joquinha comentou sobre o que preparou para animar a noite da véspera de São Pedro. “Juntei a poesia de cada um desses grandes nomes da música nordestina. Mas também contei algumas historinhas sobre meu tio durante o show. Tudo que tio Gonzaga falava durante o show fazia seu público rir. Eu tento contar os causos, mas Luiz Gonzaga é insubstituível”, declarou.
Memória viva do Rei do Baião
Joquinha contou que sua relação com o público sergipano começou a nascer desde as turnês de Luiz Gonzaga. “Nem todo mundo me conhece. Mas eu já conhecia Sergipe desde a época em que viajei muito com meu tio, na década de 80. Foi aqui que ele me apresentou pela primeira vez como herdeiro musical e cultural da família”, revelou.
Ele reconhece sua responsabilidade em difundir a cultura de Luiz Gonzaga. “O nervosismo se confunde com orgulho e emoção por trilhar os caminhos pelos quais meu tio passou”, disse. Joquinha toca desde os 15 anos de idade e tem 11 álbuns. Gravou com Chiquinha Gonzaga, Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Alcimar Monteiro, Zinho, entre outros artistas. “Minha carreira é muito artesanal. Gravo a cada dois anos e faço a divulgação como formiguinha, tocando ali e acolá”, explicou.
Joquinha não esconde sua satisfação em ser reconhecido como sobrinho de Luiz Gonzaga. “É um orgulho enorme usar o nome artístico que ele mesmo criou. Espero que o show tenha agradado para que eu possa voltar outras vezes aqui”, contou emocionado. Ele falou que procura sempre manter a tradição do autêntico forró pé-de-serra com as canções de seu tio, composições próprias e também com as de seus colegas. “Assim vou levando, tentando conquistar meu espaço e difundindo a rica cultura ´gonzaguiana´ que jamais vai se acabar”, concluiu.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text] [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]
