Governo de Sergipe lança editais para pesquisas na área social

Estão abertos até o próximo domingo, dia 29, processos seletivos para pesquisadores atuarem no estado de Sergipe com levantamento e produção de informações nas áreas de juventude e deficiências. Os editais são as primeiras frentes de pesquisa frutos de uma parceria entre o Governo de Sergipe, através da Secretaria de Estado da Inclusão, Assistência e do Desenvolvimento Social (Seides), e o Fundo das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e Cultura (Unesco) e integram o Prodoc 2013 – Projeto de Cooperação Técnica entre o Governo Brasileiro e a Unesco.

O principal objetivo do Prodoc é assegurar o direito à inclusão social e ao desenvolvimento humano e social no Estado de Sergipe através do desenvolvimento de metodologias, estratégias e ações. Para alcançar esse resultado, a proposta inclui editais voltados para a produção de pesquisa quantitativa e qualitativa, coleta de dados, mensuração, e mapeamento que irão possibilitar a identificação e criação do perfil das pessoas com deficiência, crianças e adolescentes vítimas de exploração e abuso sexual, pessoas em situação de vulnerabilidade pelo uso abusivo de substâncias psicoativas (drogas) existentes no Estado; além das organizações não governamentais desenvolvedoras de ações voltadas à assistência desses grupos prioritários do Prodoc.

A iniciativa surgiu com o intuito de o Estado construir e disponibilizar um banco de dados detalhado sobre temas de extrema relevância para o desenvolvimento social do Estado de Sergipe. O intuito é que não só os gestores públicos, mas estudiosos, profissionais que atuam nas áreas temáticas acima elencadas e a sociedade civil em geral possam ter acesso a informações que contribuam significativamente na construção, implementação e contínua melhoria das políticas públicas destinadas às áreas atendidas na proposta.

“Nossa ideia é que os resultados do Prodoc não sejam sentidos apenas durante esta gestão, mas que se traduzam em uma base de dados extremamente qualificada, que auxilie o planejamento e a execução de políticas públicas de modo contextualizado. Através desse trabalho, poderemos corrigir possíveis erros de percurso, melhorar estratégias já existentes e construir novas formas de atuação com base essencialmente na realidade da população sergipana e atendendo aqueles que mais precisam”, explicou a secretária adjunta de Estado da Inclusão Social, Maria Luci Silva.

Apoiadores

Buscando a disseminação da proposta e um maior envolvimento de pesquisadores locais, a Seides convidou representantes de todas as instituições de ensino superior de Sergipe para conhecerem o Prodoc, seus eixos de atuação e os pré-requisitos necessários para a participação nos editais. “Convidamos as instituições porque, embora os editais estejam abertos para profissionais de todo o Brasil, é fundamental contarmos com o envolvimento dos pesquisadores que já trabalham em Sergipe. Primeiro porque eles estão mais perto da nossa realidade e compreendem melhor as características locais e segundo porque é uma forma do conhecimento chegar a mais sergipanos”, pontuou Luci Silva.

Além da participação das universidades e faculdades, durante a elaboração das propostas, a Seides contou com o apoio de diversas Secretarias de Estado. O intuito foi assegurar uma maior diversidade dos atores envolvidos e delimitar os universos de pesquisa de modo a assegurar a elaboração de editais que efetivamente resultem na produção e disseminação de conteúdos qualificados e, especialmente, que retratem a realidade sergipana de forma segura e qualificada.

Para a Doutora em Direitos Humanos e professora da Universidade Tiradentes, Waldimeiry Corrêa, interessada em concorrer ao edital que contempla o eixo violência sexual contra crianças e adolescentes, a iniciativa de envolver as universidades nesse processo é muito importante. “Achei muito interessante a pluralidade de envolvidos nessa iniciativa e principalmente a ideia de lançar editais para a sistematização de dados mais específicos sobre temas tão importantes, mas pouco vistos, como a violência sexual contra crianças e adolescentes”.

Na opinião do professor da Fanese, Eduardo Ubirajara Rodrigues Batista, que contribuiu com diversas sugestões para os editais embasado na própria experiência acadêmica, a proposta de inclusão social a partir do que está proposto pelo Prodoc é positiva principalmente porque perpassa pelo estudo e pela análise da situação, o que é muito importante para se embasar e tomar decisões acertadas.

Para acessar os primeiros editais do Prodoc, basta acessar clique aqui. Lembrando que novos editais serão lançados em breve, sempre com divulgação em jornal de circulação nacional e local e divulgação nos endereços eletrônicos da Seides e da Unesco.