[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]O Fórum de Forró organizado pela Prefeitura de Aracaju já produziu nesses dois primeiros dias importantes debates sobre a música e a cultura popular nordestinas. Na noite de ontem, quando centenas de estudantes, pesquisadores e músicos se reuniram no Teatro Atheneu para mais uma rodada de palestras, a professora Aglaé D’Ávila Fontes deu uma verdadeira aula sobre a evolução do São João em Aracaju, abordando o tema “De uma festa modesta na Rua São João a um grande evento de repercussão nacional”.

Escritora, folclorista e diretora do Centro de Criatividade de Sergipe, Aglaé Fontes exaltou o crescimento da festa no estado, mas demonstrou uma certa preocupação com uma possível descaracterização dos festejos. “Os elementos juninos, por exemplo, foram incorporados. Mas em relação às quadrilhas, o que era brincadeira virou espetáculo”, lembra a professora. Ela afirma ainda que o modelo atual de festa junina tem grande importância no crescimento econômico e principalmente no setor turístico de Sergipe. Aglaé aproveitou a oportunidade para fazer referências às comida típicas da época junina, as músicas como o samba de côco, a história da Rua de São João e do próprio Forró Caju.

Em seguida, o músico Zé da Flauta, compositor, instrumentista, produtor cultural, ex-integrante do Quinteto Violado e da banda de Alceu Valença, usou o microfone para contar histórias sobre a trajetória musical do Trio Nordestino, grupo homenageado pelo Fórum. Defensor da autêntica música nordestina, Zá da Flauta criticou com veemência a explosão de bandas de forró eletrônico. “Elas podem até existir, mas não deveriam usar o termo forró na sua denominação”, disse o músico, aplaudido por grandes compositores como Cecéu, Antônio Barros e João da Silva, que estavam na platéia.

No embalo das críticas de Zé da Flauta, o também músico Genaro, que integrou o Trio Nordestino durante 10 anos, junto com Coroné e Cobrinha, deixou claro que o verdadeiro forró não pode perder suas características. Exímio sanfoneiro, ele deu uma aula sobre ritmos tocados com o acordeon e encantou a platéia. Além disso, Genaro aproveitou para revelar grandes histórias do Trio Nordestino nas inúmeras viagens que fez pelo Brasil.

Trio em cena
Beto, Luiz Mário e Coroneto, atuais componentes do Trio Nordestino, estiveram presentes mais uma vez para o debate com o público. As perguntas foram diversas e os três procuraram sempre incentivar os mais jovens no gosto pelo forró. “Na minha opinião, o gosto pelo forró deve começar em casa. Os pais precisam mostrar aos filhos em casa o verdadeiro forró. Os jovens não precisam aprender isso necessariamente na escola”, ensinou o vocalista Luiz Mário, filho de Lindú, o vocalista da formação original do Trio que tem 45 anos de história na música.

Para encerrar o segundo dia do evento, Genaro e Walquíria fizeram uma breve apresentação com a participação especial dos músicos sergipanos Zé Américo de Campo de Brito, no triângulo, e Chitãozinho, na zabumba.

Hoje, dia 3, o Fórum de Forró prossegue no Teatro Atheneu com a palestra do crítico musical Tárik de Souza, do Jornal do Brasil. Ele falará sobre o crescimento do forró nos grandes centros urbanos e a massificação das bandas de pseudo forró na mídia. O palestrante Tárik de Souza é jornalista, escritor e diretor da coleção Todos os Cantos, da editora 34. Em seguida o evento apresenta a palestra A música do Trio Nordestino por seus autores, a ser feita por Antônio Barros, compositor dos maiores sucessos do Trio Nordestino.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]

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