[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]A delegação representativa dos principais sindicatos norte-americanos que está em Aracaju discutiu na manhã de hoje, dia 28, estratégias para a cooperação entre trabalhadores dos Estados Unidos e do Brasil com o prefeito de Aracaju, Marcelo Déda. Durante a reunião realizada no Palácio Ignácio Barbosa, os americanos puderam conhecer mais sobre a estrutura administrativa e a política fiscal brasileiras e, mais especificamente aracajuanas, além da trajetória dos partidos de esquerda no País.

De acordo com Stanley Gacek, diretor adjunto de relações internacionais da American Federation of Labor and Congress of Industrial Organizations (AFL-CIO), que representa 13 milhões de trabalhadores reunidos em 64 entidades nacionais ou internacionais, os principais objetivos da vinda da delegação ao Brasil e a Aracaju são garantir o compromisso contra qualquer política de revanchismo entre os governo federais americano e brasileiro e estimular a relação direta entre municípios dos dois países. Além disso, eles vieram conhecer experiências trabalhistas positivas nas relações entre sindicatos e municípios e entender os processos que levaram a esquerda brasileira a assumir o governo federal.

“Para nós era muito importante visitar o Nordeste, principalmente uma cidade como Aracaju, que tem agora uma gestão progressista de esquerda”, disse Stanley. “Queremos fortalecer os laços para que possamos dar seqüência prática à solidariedade entre os EUA e o Brasil, tratando de questões trabalhistas dos brasileiros que moram na América do Norte, por exemplo”, completou. Stanley entregou ao prefeito de Aracaju e coordenador geral da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), Marcelo Déda, cartas em que prefeitos, congressistas e organizações sociais americanas manifestam suas intenções de consolidar boas relações com o Brasil.

A comissão já esteve em São Paulo e, depois da visita que farão a Recife (PE), vai encaminhar as cartas ao presidente Lula, com quem se reunirão nos próximos dias em Brasília. Também estão marcadas audiências com os ministros chefe da Casa Civil, José Dirceu, e do Trabalho, Ricardo Berzoini.
Fundos de pensão
A experiência norte-americana dos fundos de pensão foi debatida porque o governo brasileiro quer remodelar esse sistema no País, de forma que uma federação sindical possa desenvolver projetos sociais com recursos provenientes de impostos que hoje são controlados pelo Ministério da Previdência. Esta mudança garantirá maior participação e autonomia dos sindicatos nas decisões governamentais.

“Não queremos apenas que os governos se encarreguem disso. As forças sindicais dos dois países precisam dialogar para acabar com certos preconceitos como o de que os brasileiros vão para os EUA tomar os empregos dos americanos”, afirmou o prefeito Marcelo Déda. “Queremos que os americanos invistam no Brasil e ganhem dinheiro aqui também, mas com a tranqüilidade de que esse investimento vai produzir mais justiça social no País”, complementou o prefeito, sugerindo também a formação de parcerias entre Organizações Não-Governamentais brasileiras e norte-americanas.

O prefeito Marcelo Déda fez questão de lembrar o apoio dado pelos americanos esquerdistas aos brasileiros na época da ditadura militar e resumiu a trajetória de luta sindical do Partido dos Trabalhadores (PT). “Pela primeira vez a Central Única dos Trabalhadores e a Força Sindical integram uma comitiva oficial da presidência. Muitos ministros do governo Lula são ex-sindicalistas e a democracia está sendo construída com a derrubada de preconceitos e a ampliação dos espaços para a classe trabalhadora”, frisou.

Os norte-americanos ficaram impressionados com o modelo de gestão participativa implementado pelo PT no Brasil com a criação das assembléias do Orçamento Participativo que, em Aracaju, define atualmente o destino de cerca de 50% dos recursos aplicados na cidade.

“Mesmo com a extrema dificuldade que nos obrigou a uma transição econômica complicada no primeiro ano do governo Lula, estamos apostando no crescimento da economia de modo que possamos deflagrar mais intensamente as políticas sociais que são a marca do PT”, disse Déda, que destacou ainda o apoio que Lula tem recebido de todos os setores. “Mas nós temos que apostar realmente na globalização da esperança, porque não há globalização mais importante do que a dos trabalhadores”, ressaltou.

Componentes
A delegação americana é composta por Phaedra Ellis-Lamkins, secretária executiva da Baía Sul e do Conselho de Trabalho da federação, John Goldstein, presidente do Conselho Trabalhista Regional de Milwaukee, Cathy Howell, diretora do Departamento de Mobilização de Campo da AFL-CIO na região Sul, Charles Lester, diretor político da Federação Regional para o Trabalho de Los Angeles, e Stephen Lewis, tesoureiro da Health and Human Service Union – SEIU Local 509 em Massachusetts.

Ao final do encontro Marcelo Déda foi presenteado com um pôster com fotos de Martin Luther King e Nelson Mandela, símbolos das lutas pelas causas trabalhistas, e lembranças da AFL-CIO. Em retribuição ele entregou aos visitantes um kit com trabalhos desenvolvidos pelo grupo de reciclagem de papel da Emsurb, o CD de Rap dos alunos das escolas municipais, o balanço social da cidade e um catálogo de artistas plásticos locais, dentre outros. Participaram ainda da reunião o vice-prefeito Edvaldo Nogueira e os secretários municipais Lúcia Falcon (Planejamento), Oliveira Júnior (Governo) e Anderson Farias (Participação Popular).

Em seguida todos foram para o bairro Coroa do Meio, onde puderam participar da inauguração de 24 casas do Largo Eleanor Roosevelt, construído para retirar de áreas de risco os habitantes das palafitas na região. Esta tarde eles visitam a nova orla do bairro Industrial, a recém-inaugurada unidade de saúde do bairro Coqueiral, a nova praça Minervino Costa e o campo de futebol do Anchietão.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]

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