[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]A V edição do Fórum de Forró iniciada ontem à noite no Teatro Atheneu atraiu a atenção de centenas de estudantes, pesquisadores, jornalistas e artistas que lotaram o espaço para discutir o trabalho musical realizado pelo Trio Nordestino durante 45 anos de carreira. A abertura oficial foi feita pelo prefeito de Aracaju em exercício, Edvaldo Nogueira, acompanhado da presidente da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Esportes (Funcaju), Karlene Sampaio.

A principal palestra da noite foi feita pelo jornalista Assis Ângelo, um dos principais pesquisadores da música regional do Nordeste. Ele falou ao público sobre os 45 anos de carreira do Trio Nordestino, enfocando o tema A história do trio de forró mais popular do Brasil.

Assis Ângelo, também escritor e radialista radicado em São Paulo, fez um relato sobre a formação de trios na música popular brasileira. Dados históricos sobre gravações e composições foram passados de maneira precisa, citando inclusive o surgimento do Trio Aurora e Trio de Ouro, ícones da música popular nas décadas de 1940 e 1950. “Mas com certeza, o Trio Nordestino é o mais antigo em atividade no Brasil”, garante o pesquisador.

O cantor Adelmário Coelho, que gravou dois discos em homenagem ao Trio Nordestino, também esteve presente ao evento e fez um depoimento contundente sobre a obra do grupo de baianos. “Para mim, que sou baiano também, era a melhor música que existia para ouvir na minha infância. Ouvir Lindú cantar é uma coisa que fascina qualquer pessoa que gosta de música”, confessou o artista.

Dois dos três integrantes atuais do grupo, Luiz Mário (filho de Lindú, vocalista da formação original) e Coroneto (neto do zabumbeiro Coroné, falecido recentemente), também estavam presentes no Teatro Atheneu. Em depoimentos emocionados, eles revelaram o orgulho de participar do grupo e dar continuidade a um trabalho que atravessa décadas sem perder a qualidade musical.

O fato curioso do fórum ficou por conta de uma revelação inusitada de Luiz Mário, o atual cantor. Segundo ele, o pai Lindú, mesmo consagrado no meio musical, não permitia que o menino nascido em Salvador escutasse forró. “Ele dizia que não queria me ver passar o que ele próprio passou com o Trio Nordestino. Era muito sofrimento, porque a música deles era discriminada no Sul do país”, disse Luiz Mário. “Mas eu era obcecado por forró e deu no que deu, né”.

Programação
A programação do V Fórum de Forró, evento único no país, prossegue hoje da seguinte maneira:
19h – Palestra: A evolução do São João em Aracaju: De uma festa modesta na Rua São João a um grande evento de repercussão nacional.
Palestrante: Professora Aglaé D’Ávila Fontes (escritora, folclorista e diretora do Centro de Criatividade de Sergipe).
20h20 – Palestra: A música do Trio Nordestino
Palestrante: Zé da Flauta (compositor, instrumentista, produtor cultural, ex-integrante do Quinteto Violado e da banda de Alceu Valença).

Dia 03/06/2005
19h Palestra: O crescimento do forró nos grandes centros urbanos e a massificação das bandas de pseudo forró na mídia.
Palestrante: Tárik de Souza (jornalista, escritor, diretor da coleção Todos os Cantos, da editora 34, um dos maiores críticos musicais do Brasil com uma coluna semanal no Jornal do Brasil).
20h20 – Palestra: A música do Trio Nordestino por seus autores.
Palestrantes: Antônio Barros (compositor dos maiores sucessos do Trio Nordestino).[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]

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