[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]Durante a manhã de hoje, 18, técnicos e veterinários da Coordenação de Vigilância Sanitária de Aracaju (Covisa) realizaram uma inspeção na Central de Abastecimento de Sergipe (Ceasa). A medida faz parte de um trabalho corriqueiro realizado também nas feiras livres da cidade, com alvo principal na venda de carnes e peixes sem as condições ideais de refrigeração.

Priorizando um trabalho mais educativo que punitivo, semanalmente os fiscais da Covisa visitam as feiras livres da cidade trabalhando no controle dos serviços de produção, manuseio e comercialização de todo tipo de alimento. De acordo com o coordenador da Vigilância Sanitária, Antônio de Pádua Pombo, a comercialização das carnes sem refrigeração nas feiras e em frigoríficos é ainda um problema de difícil resolução, que depende de uma ação conjunta de vários segmentos.

“O número de pessoas que sobrevivem dessa atividade é muito grande, por isso a resolução das irregularidades existentes depende de uma ampla ação de governo. Nós defendemos a manutenção das feiras-livres, desde que preservando a qualidade dos produtos, em especial das carnes que necessitam de refrigeração. A missão da vigilância é garantir a segurança do usuário, sabemos que a solução é difícil, mas acreditamos que se houver esforço conjunto encontraremos uma maneira”, informou o coordenador.

O vendedor Antônio Valter de Jesus, proprietário de um pequeno frigorífico no Ceasa, apesar de possuir um refrigerador e um balcão refrigerado, ainda mantém carnes expostas ao ambiente. “O ideal é que toda a carne estivesse refrigerada, mas se fosse fazer isso, a margem de lucro não pagaria nem a conta de energia, então fica difícil. A gente sabe que a higiene é um fator prioritário, mas pior que os frigoríficos são as feiras”, reconhece o comerciante, que há mais de 30 anos atua no ramo.

Da parte do consumidor, muitos são os que estão acostumados a comprar a carne que está em cima do balcão e sequer sabem da irregularidade da atividade, como contou a dona de casa, Rosângela Muniz. “Eu não sabia que isso era proibido, sempre compro aqui e gosto, nunca me importei. Já estou acostumada e nunca tive nenhum problema”, disse a senhora, alheia aos riscos presentes nesse hábito, que é comum a grande parte da população.

No trabalho de fiscalização realizado pela Covisa, os técnicos verificam as irregularidades presentes e deixam um auto-termo, com um prazo, que varia de acordo com a irregularidade, para os comerciantes de adequarem. Porém, é a segunda vez em oito meses que isso acontece no Ceasa e os mesmos problemas de antes foram encontrados. Os comerciantes recebem os técnicos sem reclamações, mas nem sempre a solução depende apenas da boa vontade.

Dona Nilza Mateus dos Santos vende peixe no Ceasa há cinco anos, porém não é a proprietária do comércio. “Eles passaram umas orientações, disseram o que está errado para que mudasse o balcão e só utilizassem a embalagem incolor. Eles estão fazendo o certo e eu vou passar o auto para a proprietária”, disse a comerciante, se eximindo da responsabilidade.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]

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