[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]“A abordagem junto ao consumidor melhorou 90% e, além disso, somos tratados pelo nosso nome”. A afirmação é do vendedor ambulante Josivaldo Oliveira de Jesus, ao receber por mais uma vez, uniforme para desempenhar sua atividade na orla da praia de Atalaia. A iniciativa é da Prefeitura de Aracaju, com a interferência da Fundat – Fundação Municipal do Trabalho – que desde o início deste ano, vem cadastrando, orientando e oferecendo cursos para os trabalhadores informais daquela área, desenvolvendo o projeto “Trabalho Cidadão”.
Foram distribuídos cerca de 1.200 uniformes. A entrega ocorreu no último final de semana, no estacionamento da Orlinha, na Atalaia. Na oportunidade, a presidenta da Fundat, Conceição Vieira, aproveitou para passar algumas informações junto à categoria, bem como ouvir reivindicações. “É necessária a qualificação do trabalhador. O mercado de trabalho exige isso, não importando a atividade desenvolvida”, esclareceu, acrescentando que somente este ano, mais de 550 vendedores ambulantes prepararam-se em cursos oferecidos pela fundação, em parceria com instituições educacionais.
Esses trabalhadores tiveram a oportunidade em absorver conhecimentos sobre higienização de alimentos, noções básicas sobre turismo, relações interpessoais e outros assuntos concernentes à comercialização de produtos. Cada turma obteve 1.440 horas de aula.
O projeto “Trabalho Cidadão” foi implantado em abril deste ano. Nesse percurso, assistentes sociais e demais técnicos da fundação, mantiveram plantões nos finais de semana na orla, promovendo o cadastramento desses trabalhadores, identificando-os por área de atuação, totalizando até este mês, 900 ambulantes.

Satisfação
Durante a entrega dos uniformes, Conceição Vieira ouviu depoimentos da categoria. O vendedor de amendoim Josivaldo Oliveira de Jesus disse que ao se aproximar das mesas, o consumidor já não teme. “Os clientes observam que estamos uniformizados e que temos um crachá fornecido pela Fundat que identifica a gente. Antes, muitos começavam a guardar as bolsas quando a gente chegava perto”.
Josivaldo de Jesus esclareceu que 90% da abordagem junto ao turista e ao consumidor sergipano melhorou. “Já não somos maltratados porque a gente tem uma identificação. Eles sabem que a gente não é vagabundo. O nosso único problema é em relação a alguns bares que querem nos proibir de entrar para oferecer o nosso produto”.
O chileno e artesão João Carlos Rebelledo Ávila há dois anos trabalha na orla de Aracaju, Ele, que também recebeu uniforme, disse que nunca viu essa organização em outras cidades brasileiras. “O consumidor já não nos vê como pilantras. Passou a entender que somos trabalhadores. A fundação está de parabéns por estar desenvolvendo esse projeto que até agora só tem promovido benefícios para o trabalhador da economia informal”.
A presidenta da Fundat afirmou que o projeto em 2002 terá continuidade e que também buscará parcerias para ampliar as ações. “Temos que pensar em um único contexto que traga benefícios aos aracajuanos. Estamos trazendo um outro discurso à tona e provando que o resgate da cidadania está acontecendo”.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text] [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Comments are closed.