[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]Criado há três anos, o setor braille da Biblioteca Pública Municipal Clodomir Silva conta hoje em seu acervo com mais de 100 obras didáticas e literárias na forma de livros, revistas, fitas e CDs, que incentivam o deficiente visual a manter o hábito da leitura e permitem também deixá-lo sempre bem informado sobre variados assuntos.

De acordo com Francisco Luis, coordenador do Programa de Leitura Direcionado a Pessoas Cegas no Sistema Braile da Clodomir Silva, o acervo vem crescendo com o passar do tempo, graças ao trabalho desenvolvido pela instituição e doações de entidades, como da Fundação Dorina Nowill Para Cegos.

“Nossa intenção é dinamizar o espaço cada vez mais, equipando-o melhor para que os cegos possam ter aqui a garantia de encontrar o assunto que buscam”, informa Francisco, que por também ser cego conhece como poucos a necessidade e importância de um setor braille como o da biblioteca Clodomir Silva.

Hoje, constam do acervo obras clássicas, como “As pupilas do senhor reitor”, de Júlio Dinis, “O sertanejo”, de José de Alencar, “Meus poemas preferidos”, de Manuel Bandeira, “A casa do Rio Vermelho”, de Zélia Gattai, e “Tenda dos Milagres”, de Jorge Amado. Outros títulos mais recentes também completam o patrimônio, como “Parábolas que transformam vidas”, do padre Marcelo Rossi, “As vidas de Chico Xavier”, de Marcel Souto Maior, “Onze Minutos”, de Paulo Coelho, “O Código da Vinci”, de Dan Brawn, e até a obra “Não morda a língua”, da professora sergipana Wilma Ramos. Além dos livros, o setor contém também uma parte destinada a periódicos. Toda semana, por exemplo, a biblioteca recebe a revista “Veja” em CD.

Também no setor, os interessados em conhecer mais sobre o sistema braille têm uma ótima opção. Além de livros técnicos sobe o assunto, como “Grafia Braille para Língua Portuguesa – Normas Técnicas”, há no setor instrumentos como o reglete, uma placa de metal dobrável que é encaixada a uma tábua de madeira, onde é preso o papel. Ela contém quatro linhas com 27 pequenos retângulos vazados cada. Esses retângulos são chamados de celas e neles estão os seis pontos do sistema Braille, que são impressos no papel com um objeto chamado punção. “Nestes três anos de setor, já ministramos alguns cursos de leitura e escrita no sistema braille. Temos cerca de 100 pessoas formadas, com certificação e tudo”, informa Francisco.

Mediadora de leitura

Também desde o início do mês de outubro, a Clodomir Silva conta no setor com uma mediadora de leitura. Caso o usuário deficiente visual não conheça o sistema em braille, Rejane Souza poderá auxiliá-lo na leitura e se ainda o material requisitado pelo deficiente não estiver disponível em braille, a leitura poderá ser feita por livros a tinta.

Esta iniciativa pretende ampliar o universo de usuários, na busca contínua em atender a toda a sociedade. A mediação pode ser comparada com uma “contação” de história. O usuário escolhe a obra que deseja conhecer e a mediadora faz a leitura.

As orientações podem ser feitas de segunda a sexta-feira, das 8 às 12 horas e das 14 às 18 horas. A direção da biblioteca está recebendo inscrições para voluntariado no projeto de mediação de leitura. O horário e o dia da semana fica a critério do voluntário. Basta entrar em contato com a direção da instituição pelo telefone 3179-3742.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]

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