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As empresas produtoras de cerâmica do Baixo São Francisco sergipano despontam como pioneiras, no País, na substituição de madeira nativa por reflorestada para geração de energia calorífica. O projeto de reflorestamento de eucalipto integra o Arranjo Produtivo Local (APL) cerâmica vermelha desenvolvido pelo Governo do Estado, através das secretarias de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia de Sergipe (Sedetec), da Inclusão Social (Seides), da Agricultura (Seagri) e do Instituto Pró-Cerâmica (IPC). O tema foi destaque na revista NovaCer, de circulação nacional e especializada na área de cerâmica, durante entrevista com o presidente do IPC, o sergipano Mehujael Colaço Rodriques.

Firmado em 2010, o Projeto é executado em uma área de 108 hectares, na região do Platô de Neópolis, cedida pelo Governo do Estado em regime de comodato ao IPC. O reflorestamento busca evitar o apagão florestal, representado pela falta de madeira para energia calorífica e pelo desmatamento, com interferência prática por meio do plantio de eucalipto para a produção de lenha. Do total do plantio, ficou estipulado que 20 % será doada aos artesãos de Santa do São Francisco.

Atualmente, a área dispõe de 125 mil mudas plantadas. Conforme o presidente do IPC, Mehujael Colaço Rodriques, a meta é alcançar 225 mil mudas e iniciar o corte em dois anos. “Nossa proposta é reduzir a dependência das cerâmicas de material lenhoso da Bahia. O projeto de reflorestamento tem caráter social e ecológico, pois nove empresas de cerâmica vermelha ficarão livres da aquisição de eucalipto, fonte de energia calorífica para a queima dos blocos cerâmicos. Além disso, evitará o desmatamento e beneficiará o artesão do baixo São Francisco. Somos o único estado a praticar o reflorestamento nesse sentido. Esse é um projeto ousado, principalmente se considerarmos que é tocado por apenas nove empresas de cerâmica”, informou.

Colaço explica que com a utilização da madeira de reflorestamento, o custo da produção cairá, estimulando, assim, investimentos na modernização do maquinário e capacitação de mão de obra. “Para produzirmos 400 mil peças é necessário cerca de 300 metros cúbicos de madeira por mês, considerando que um metro cúbico de eucalipto varia de R$ 110 a R$ 120. A produção total de Sergipe é de cinco milhões e temos empresas que produzem dois milhões de peças. Com o reflorestamento, a redução no custo é considerável. Estamos buscando parceiros para manter e ampliar o projeto de reflorestamento”, disse, destacando o apoio da Universidade Federal de Sergipe na supervisão do programa de reflorestamento.

O Arranjo Produtivo Local de cerâmica vermelha de Sergipe é composto por três territórios: Agreste (Itabaiana, Campo do Brito e Areia Branca), Sul (Itabaianinha, Estância, Tomar do Geru e Umbaúba) e Baixo São Francisco (Santana do São Francisco, Propriá, Telha). Juntos, os municípios produzem cinco milhões de peças por mês, entre blocos e lajotas, empregam 3,5 mil pessoas e vendem suas produções para os estados da Bahia e Alagoas.

“O governo Marcelo Déda foi o primeiro a olhar para a indústria de cerâmica de Sergipe e perceber sua importância econômica. As empresas de cerâmicas de Sergipe e do Brasil compõe as indústrias de base e estão ligadas à Construção Civil. Todo empreendimento civil passa pela cerâmica. Os setores de tubulação hidráulica, elétrica, louça, tintas e etc, dependem da cerâmica. Somos, hoje, o segundo maior empregador do país”, pontuou Colaço.

APL

O projeto dos Arranjos Produtivos Locais (APL) visa dinamizar as economias locais, interiorizando, assim, o desenvolvimento econômico e social. Através de ações articuladas pela Sedetec, produtores e empreendedores atraem investimentos, promovem a inovação tecnológica, aumentam o dinamismo empresarial. Em Sergipe, 10 arranjos produtivos estão cadastrados junto ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

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