[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]Os cerca de 3 mil crianças e adolescentes, atendidos pela Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania (Semasc) por meio do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), estão aproveitando o período das férias escolares com muita alegria dentro das unidades do Peti. As ações do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil são realizadas em 30 unidades, que incluem os Centros de Referência da Assistência Social os Centros Especializados da Assistência Social e unidades isoladas espalhadas por diferentes bairros da capital na perspectiva de retirar este segmento populacional da situação de trabalho.

Diariamente nestas unidades são realizadas diversas atividades recreativas que, além de divertir os jovens, também promovem educação e cidadania. O Peti é um Programa Social articulado pelo Governo Federal que em Aracaju é executado pela Semasc e tem o objetivo de erradicar o trabalho infantil por meio da promoção da cidadania. Dentro das 30 unidades do programa que estão espalhadas pela capital, as crianças e adolescentes participam de Oficinas Sócio-educativas e Oficinas de Arte-educação, com a proposta de utilizar a arte-educação como instrumento de inclusão social. E aos poucos o Peti vai jogando ao esquecimento um passado marcado pela exploração e opressão.

Dentro desta perspectiva, o programa retorna as suas atividades em 2007 com uma programação diferenciada para o mês de janeiro, com o intuito de estimular e promover um lazer para os educandos. Um exemplo deste trabalho pode ser constatado no Centro de Referência Madre Tereza de Calcutá, que atende a 150 crianças e adolescentes no bairro Jabotiana. Nesta atividade que inicia as atividades de 2007, as crianças e adolescentes foram contemplados com uma “sessão de cinema”. Acompanhados por educadores sociais, eles assistiram ao filme “O todo Poderoso”, uma comédia americana dirigida por Tom Shadyac, que retrata os sonhos de um repórter de TV. “O nosso objetivo, além de divertir as crianças, é fazê-las refletir sobre o tema retratado no filme. Por isso, sempre procuramos variar os temas de filmes exibidos”, afirma o educador Alberto Geraldo Nunes dos Santos.

A programação prossegue hoje com a exibição do filme O Amor é Cego, uma comédia americana dirigida pelos irmãos Peter e Boby Farrely, que fala de relações humanas. “Neste filme, vamos debater a questão do preconceito”, informa o educador social.

Sempre após a exibição dos filmes, os educadores sociais, que acompanham as crianças e adolescentes, promovem um debate sobre o tema proposto. Esta proposta pedagógica deixa o público alvo entusiasmado. Para Williames Vicente dos Santos Silva, de 14 anos, as atividades do Peti são parte do seu cotidiano há cerca de um ano, quando deixou para trás as ruas e ingressou no Peti. “Aqui no Peti eu aprendo sobre cultura sergipana, participo de aulas de percussão e de todas as atividades”, revela o jovem, estampando um tímido sorriso. “Depois que entrei no Peti meu comportamento mudou. Aprendi mais a ler, respeitar os colegas e meus pais”, complementa Williames.

Tomáz Costa de Jesus Castro, de 15 anos, que há cinco anos ingressou no Peti, diz que os tempos em que passava o dia percorrendo as feiras livres à procura de sacolas para carregar em troca de poucos centavos é uma triste lembrança, que já não faz mais parte de sua realidade graças à ação da Prefeitura de Aracaju por meio do Peti. “Antes eu pegava carrego nas feiras e tinha que esperar a boa vontade das pessoas”, relembra o adolescente. “Era horrível”, resume. “Aqui no Peti aprendi percussão, eu estudo mais e fiquei com mais interesse na escola”, analisa Tomáz.

O ex-flanelinha Wendel Alves da Silva, de 15 anos, assim como Tomáz não esconde a satisfação de estar no Peti. “Aqui eu faço aula de percussão e atividades que significam tudo para mim”, revela o adolescente com um largo sorriso. “Antes eu ficava na rua cuidando de carros e lavando vidros no sinal quase todos os dias. Eu era meio rebelde, não ia para a escola e desrespeitava todo mundo”, conta Wendel que, aos 13 anos de idade, ingressou no programa, voltou para a escola e hoje cursa a quinta série do ensino fundamental.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text] [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Comments are closed.