Semasc dá continuidade ao Projeto ´Minha Vida Tem História´ exibindo espetáculo ´Lições de Sabedoria´
Na tarde de ontem, quarta-feira, usuários do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti) do Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) Risoleta Neves, situado no bairro Alto da Jaqueira, acompanharam atentamente aos movimentos e a cada fala dos artistas mirins. Olhos atentos e a atenção redobrada foram ingredientes presentes nas fisionomias de crianças e adolescentes do Peti, que antes tinham as ruas da cidade como único meio de sobrevivência e não tinham expectativa de um futuro melhor.
A peça teatral é encenada por adolescentes egressos dos Programas Agente Jovem e Jovem Aprendiz, realizado pela Semasc em parceria com o Governo Federal. Depois que saíram dos programas sociais, os adolescentes usaram a experiência e o conhecimento que absorveram durante as atividades oportunizadas pela Semasc e formaram a Companhia Dramática de Produções Artísticas (Comdrapa), com orientação de Rivaldino Santos.
Através deste projeto, realizado em parceria com a Secretaria Municipal de Educação (Semed), idosos também atendidos pelos programas sociais da Semasc, narram suas histórias pessoais que ajudaram na formação da cultura do povo de Aracaju. Esta caracteriza como a Terceira Etapa do Projeto Minha Vida Tem História. No espetáculo encenado ontem à tarde, a Comdrapa contou a história de dona Geralda Cruz, nascida no município de Divina Pastora e integrante do Grupo de Convivência do bairro Jabotiana, onde reside.
Também foram interpretadas as histórias narradas pelo idoso Alfredo dos Santos, nascido no povoado Cercado em Macambira e integrante do Grupo de Convivência do bairro São Conrado, onde reside. As histórias de dona Maria Benvinda Costa, nascida no interior da Bahia e integrante do Grupo de Convivência do bairro Jabotiana, onde reside, de dona Luizete de Souza Lima, nascida na cidade de Porto da Folha e participante do Grupo de Convivência do bairro Veneza, e de Leopoldo Andrade, nascido em Capela e integrante do Grupo de Convivência do bairro Siqueira Campos, também foram lembradas no espetáculo do Comdrapa.
O encantamento do público era visível nas reações daqueles que assistiram ao espetáculo. “Eu adoro teatro e ter a oportunidade de assistir uma peça que retrata a vida dos idosos é algo importante e nos ensina muita coisa”, disse Alan da Conceição Reis, 12, integrante do Peti. Alan teve sua vida mudada completamente depois de incluso no programa social. Antes de freqüentar a jornada ampliada do Peti, o garoto vivia em vulnerabilidade social e situação de risco, pegando carregos nas ruas da cidade. “Não sinto a menor saudade daquele tempo. Hoje sou muito mais feliz e agradeço ao Peti”, comenta o jovem.
“Com essas histórias, eu fico muito emocionado e aprendo a dar mais valor para as pessoas idosas. Até porque ficamos sabendo de todo o sofrimento que eles (os idosos) passaram”, afirmou Tairan dos Santos, 10, também integrante do Peti.Tairan afirma que o programa tem proporcionado grande transformação em sua vida pessoal. “Agora obedeço a meus pais e respeito os mais jovens e os mais velho, sem falar que aprendo a ter mais responsabilidade nos meus estudos”, disse. Opinião também compartilhada por Milena Monteiro Dias dos Santos, 9. “Meu comportamento na escola e a melhora nos meus estudos é devido as coisas boas que aprendo aqui. Quando estou aqui, sinto como se fosse minha casa e sou muito bem tratada por todos”, frisou.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text] [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]