[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]

O secretário do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia de Sergipe (Sedetec), Saumíneo Nascimento, também economista, Mestre e Doutor em Geografia – traçou uma análise sobre a Geopolítica da Agricultura sergipana, com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre a economia agrícola brasileira, ‘Produção Agrícola Municipal – Culturas Temporárias e Permanentes – Base 2012’. O trabalho investiga os principais produtos oriundos de lavouras temporárias e permanentes da agricultura do nosso país, com detalhamento municipal e mensuração da safra de 64 diferentes produtos.

Visando a possibilidade de contribuir, através de uma abordagem geopolítica, para o conhecimento da realidade econômica de Sergipe, especificamente na agricultura, Saumíneo Nascimento aponta alguns tópicos que revelam e caracterizam a nossa tipologia produtiva neste setor, comparando os dados de Sergipe no contexto de país, especialmente as evidências e relevâncias produção e produtividade, dentro da região Nordeste.

O estudo demonstra, guiando-se pela pesquisa do IBGE, que, no ano de 2012, no Brasil, foram cultivados 69,2 milhões de hectares.  Resultado de maiores áreas cultivadas com soja e milho, impulsionados pelos bons preços praticados no mercado. Já o valor da produção da agricultura, alcançou a cifra de R$ 204 bilhões. O milho, o feijão e o algodão herbáceo foram as culturas que mais contribuíram para este aumento.

“Analisando-se o valor da produção, observa-se que as três principais culturas concentram 57,7% do montante. Destaque para a soja que mantém a liderança, tendo o maior valor de produção (24,7%), seguida da cana de açúcar com 19,8% e do milho com 13,2%. A nossa principal cultura, a soja ocupa 25,1 milhões de hectares, o que representa 36,3% da área total plantada com culturas no país. O quadro adiante descreve as principais culturas do Brasil – base de 2012”, esclarece o secretário.

Quando referente a Sergipe, a análise o classifica como o menor Estado do Brasil e a segunda menor unidade federativa, superior somente ao Distrito Federal. Ainda de acordo com o estudo, a agricultura sergipana tem o menor peso na composição do PIB do Estado (4,6%). “É preciso ressaltar que o nosso território está inserido no semiárido nordestino, convivendo ciclicamente com o desastre natural da seca. Contexto, que segundo o estudo, poderia implicar em pouca relevância da nossa agricultura para o Brasil. Porém, Sergipe detém 0,5% do valor da produção agrícola brasileira na base de 2012”, informa Saumíneo, evidenciando que Sergipe possui o mesmo valor da produção agrícola do maior Estado do Brasil, o Amazonas.

Dentro da Região Nordeste, na base de 2012, o peso da participação de Sergipe na produção agrícola brasileira é igual ao Rio Grande do Norte e Paraíba (0,5%). “Vale registrar também que o peso da produção agrícola de Sergipe é quase igual ao peso da produção agrícola do 2º Estado mais rico do Brasil, o Rio de Janeiro, que na base de 2012 detinha 0,6% do valor da produção agrícola do Brasil. O estado de São Paulo mantém a liderança com uma participação de 17,8% da produção agrícola do Brasil”, conta.

Produtos

Sergipe tem como principal produto a cana de açúcar, que no ano de 2012, apresentou um valor de produção de R$ 230.747 mil, representando 22,3% do valor da produção agrícola do Estado. A cana de açúcar é o segundo principal produto do Brasil e líder, enquanto produto, nos seguintes Estados: São Paulo, Pernambuco, Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte. Sergipe detém a maior produtividade de cana de açúcar na região Nordeste, com 64.878 Kg/hectare, enquanto Alagoas fica em 2º lugar com uma produtividade de 63.869 Kg/hectare.

Diante do exposto, Saumíneo Nascimento conclui que, mesmo Sergipe sendo um pequeno Estado – convivendo com o determinismo geográfico da seca, aumentando a cada ano o deslocamento da população rural para o meio urbano, com uma forte base produtiva mineral, ainda apresentando uma elevada distribuição da terra – consegue possuir relevância na sua produção agrícola, sendo destaque em termos de produção e produtividade de diversas culturas e demonstrando raízes de uma busca de eficiência em sua geopolítica agrícola, tendo a participação efetiva de diversos agentes que moldam este mosaico de produção e cultura rural do nosso Estado.

[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text] [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Comments are closed.