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A Coordenação de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde (SES) está orientando a população para cuidados e medidas que devem ser adotados no combate à dengue. De acordo com a gerente de Antropozoonoses da Secretaria, Sidney Sá, a colaboração da sociedade é decisiva para evitar a proliferação do mosquito transmissor da doença. Desde o início do ano, 1.348 casos da doença já foram notificados em Sergipe, dos quais 510 tiveram confirmação. Destes, 12 eram febre hemorrágica do dengue e houve dois óbitos.

"Precisamos conscientizar os gestores e a população sobre a necessidade de reforçar as ações de controle da doença, pois esse é um trabalho que requer esforço coletivo. A dengue não pode ser banalizada. Nas visitas às residências, os agentes de saúde fazem o trabalho de supervisão e esclarecimento, mas no dia-a-dia todos devem se tornar um agente de saúde na sua casa e no seu bairro. Cada cidadão é responsável pelo combate ao vetor", afirmou a gerente.

Um levantamento feito pela Secretaria da Saúde indicou que os reservatórios de água e os vasos de plantas são dois dos maiores motivos da proliferação do mosquito da dengue, seja na capital ou no interior. É preciso alertar cada vez mais a população sobre a importância de não deixar em casa ambientes propícios à proliferação do mosquito. "Os problemas com cisternas, tanques e cacimbas, por exemplo, são freqüentes em 73 municípios, ou seja, em 97% do território sergipano. Já o armazenamento indevido em caixas d’água é um problema comum em 71 municípios", frisou Sidney Sá.

A coordenadora de Vigilância Epidemiológica da SES, Giselda Melo, destacou que o Governo vem se empenhando desde o ano passado para intensificar as ações na área. "Realizamos uma série de atividades sobre a dengue. Só nos meses de novembro e dezembro, foram capacitados médicos, enfermeiros e agentes comunitários do Programa de Saúde da Família, profissionais da rede hospitalar da capital e do interior, coordenadores de endemias dos municípios e digitadores do sistema de informações sobre a doença", pontuou Giselda.

"Além disso, desde o mês de dezembro o Estado cedeu 20 profissionais ao município de Aracaju para auxiliar no combate à doença. Também confeccionamos para os médicos de Sergipe um adesivo gigante com informações para identificar os tipos de dengue e como agir em cada caso. O material, que já está sendo distribuído, pode ser fixado no ambiente de trabalho", disse a coordenadora, acrescentando que o Estado também elaborou um Plano de Contingência para Assistência ao Paciente e um Plano de Intensificação para Combate ao Vetor.

Diagnóstico

Para a técnica responsável pelo programa estadual de controle da dengue, Maria das Graças Boaventura, o diagnóstico é imprescindível para que haja um controle maior sobre a situação. "Como os sintomas são semelhantes aos de outras viroses, muitos casos deixam de ser notificados. Diante da suspeita, o ideal é se submeter ao exame laboratorial, pois a confirmação só é possível dessa forma", afirmou. Para notificar os casos confirmados da doença, o cidadão deve procurar a unidade básica de saúde mais próxima de sua casa.

"Os gestores que deixam de notificar e confirmar os casos da doença colocam em risco não só a população de seus municípios, mas de cidades vizinhas também. Aracaju, por concentrar a maior população do Estado, tem sido o alvo principal das ações de combate. Entretanto, outras cidades também merecem atenção especial, a exemplo de Tobias Barreto, Neópolis, Propriá e Canindé do São Francisco, municípios que fazem fronteiras com Estados têm histórico de epidemia", disse Graça Boaventura.

Borra de café

A proliferação do mosquito transmissor da dengue, o Aedes Aegypti, pode ser combatida com medidas simples e eficazes, que dispensam o uso de venenos ou inseticidas perigosos à saúde humana e animal. Uma delas é a utilização de borra de café nos pratos dos xaxins, entre as folhas das plantas que acumulam água, a exemplo da bromélia, e em locais da residência onde a água se acumula e fica parada. "É algo simples e de baixo custo. Qualquer cidadão pode fazer em casa", comentou Sidney Sá.

A descoberta que revelou a eficácia da borra de café no combate ao Aedes aegypti é da cientista Alessandra Laranja. Ela é pesquisadora do Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp). "Depositado nos pratinhos e reservatórios de água das plantas, o produto impede que o mosquito ponha seus ovos. E mesmo que o Aedes aegypti já tenha desovado, a borra de café consegue impedir que os ovos se desenvolvam em larvas", acrescentou a gerente.

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