[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]A comunidade do bairro Santa Maria e adjacências parou na manhã de hoje, 21, para participar do lançamento do projeto piloto “Conhecendo o Samu, um exemplo de cidadania”, campanha educativa destinada a combater os elevados números de trotes recebidos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192-Aracaju) nesses últimos meses. O secretário Municipal de Saúde, Rogério Carvalho, esteve presente e também participou do evento.

Para marcar o lançamento da campanha, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) distribuiu cartazes contra o trote contendo informações sobre o Samu. O grupo teatral “A arte de Prevenir é melhor do que remediar”, do Centro de Educação Permanente da Saúde (Ceps) da SMS preparou um esquete especialmente para campanha, mostrando a todas as crianças presentes que brincar com a vida não tem graça, e que o trote pode valer a vida de outros. Para dar uma melhor dinâmica, o Samu preparou uma simulação envolvendo situações de risco.

O secretário de Saúde Rogério Carvalho destacou a importância do Samu no trabalho que vem sendo desenvolvido pela SMS. Embora o serviço represente um grande avanço nos tratamentos de urgência e emergência no município, o Samu vinha recebendo um grande número de trotes que acabavam por desviar as unidades daqueles que realmente necessitam, impedindo uma melhor eficácia do serviço e colocando a vida de outros em risco. Segundo Rogério esse é o momento de mobilizar a opinião pública para o cuidado com os bens públicos.

“O patrimônio público não é de ninguém, é de todo mundo. Precisamos entender que o espaço público é a continuação de nossa casa. Se não construirmos esse entendimento continuaremos a desrespeitar o que do coletivo. Precisamos construir um movimento em defesa do patrimônio público, do uso correto desses espaços para sua melhor preservação”, ressalta Rogério Carvalho ao lembrar que a SMS, durante a atual gestão, já realizou mais de 100 obras no município, das quais algumas delas precisaram ser reformadas três vezes devido ações de vandalismo e mau uso.

Situação
Atualmente o Samu 192 – Aracaju recebe diariamente algo em torno de 2000 ligações das quais entre 15% e 20% são trotes. Segundo as estatísticas do Samu, esses números vêm aumentando nos últimos meses. Em abril, por exemplo, cerca de 1.684 trotes foram passados à central do Samu, em maio esse número já chegava a 2.392. No mês de junho um outro aumento foi registrado, chegando à casa dos 2.446.

No mês de agosto do corrente ano foram gerados 4.670 trotes, sendo 2.866 a mais que no mês de julho, período de férias escolares. Em sua maioria ligações geradas a partir de telefones públicos localizados próximos a unidades escolares, bares e padarias. Sendo o bairro Santa Maria a localidade que mais passa trotes para o Samu.

Campanha
A proposta de trabalhar com educação como meio de consolidação da cidadania foi uma das soluções encontradas para o problema. Desta forma somaram força a SMS, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), o Centro de Educação Permanente da Saúde (Ceps), a Secretaria Municipal de Educação (Semed), Secretaria Estadual de Educação (Seed), Ministério Público do Estado de Sergipe, Conselhos Municipal e locais de saúde e lideranças comunitárias.

A campanha está sendo desenvolvida primeiramente entre crianças e adolescentes das escolas das redes estadual e privada. A idéia é levar a problematização do tema para dentro da sala de aula e mostrar para o adolescente o quanto pode ser danosa a brincadeira que coloca a vida de outras pessoas em risco.

“O processo de informação e conscientização deve partir de uma dinâmica que atinja o imaginário da criança. Nós devemos trabalhar o conceito de cidadania junto a esses adolescentes. Os diretores e as coordenações pedagógicas de cada escola deverão ser envolvidos nesse processo para que possam ser definidas as formas de executar o tema em sala”, explica o coordenador Pedagógico do Centro de Educação Permanente da Saúde (Ceps), Marcelo Domingos.

Os resultados da campanha serão acompanhados em sala de aula, através de atividades extra-classe que fornecerão condições de avaliar a dinâmica usada, o público atingido, como também as formas de apreensão desse público. “No caso do Samu, a gente vai ficar atento e acompanhando os trotes. Através da identificação do prefixo passaremos a acompanhar se o número de trotes estão reduzindo nos locais em que a campanha atuou”, explica o coordenador do Samu, o médico Márcio Barreto.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]

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