[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]A falta de alguns itens de medicamentos que vinha comprometendo o acesso de usuários a tratamentos de saúde em Unidades de Saúde da Família (USF) no município de Aracaju está com os dias contados. Após realizar a última compra em pregão no dia 22 de setembro, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) está aguardando a chegada de 90 itens, o que normalizará o abastecimento do município pelos próximos três meses.

Quem confirma a informação é o coordenador de Assistência Farmacêutica (Codaf) da SMS, Álvaro de Castro. Segundo Álvaro, os medicamentos que foram comprados começaram a chegar desde o dia 13 deste mês. Ele explica que não há uma falta generalizada, mas sim de alguns itens. Dos 90 faltosos, 22 já chegaram e os demais já estão com prazo para entrega estourado. Ele confirma ainda que há um prazo de aproximadamente 30 dias, a partir da data do pregão, para que os medicamentos comprados possam ser liberados e transportados, já que geralmente os fornecedores são de estados do Sudeste do país.

As causas apontadas para o problema do desabastecimento estão ora nas irregularidades dos repasses feitos pelo Ministério da Saúde e pelo governo estadual, ora no aumento da demanda no município. Nos últimos três anos, por exemplo, a demanda de remédios controlados em Aracaju, prescritos à saúde mental, cresceu consideravelmente, fruto de um trabalho bem articulado e desenvolvido que permitiu que a cidade pudesse expandir toda a sua rede, principalmente a de Saúde Mental. O mesmo se aplica a outros programas como o Saúde do Adulto, nos tratamentos de doenças como diabetes e hipertensão.

“A ampliação da rede assistencial de Aracaju é incontestável. Nesses últimos três anos o município aumentou a chamada média de cobertura, que visa uma estimativa de adesão do usuário ao tratamento. Isso significa dizer que Aracaju está conseguindo captar o maior número de usuários que até então estavam fora do programa. Vejo isso como um resultado positivo de valorização de ampliação do trabalho desenvolvido pelos programas”, salienta Álvaro.

Exemplos
Um dos exemplos que evidencia bem a questão do crescimento significativo da abrangência da rede está na demanda de Captropil, medicamento destinado ao tratamento de hipertensão, que até o início de 2003 a SMS gastava em média, mensalmente, 400 mil comprimidos. Hoje a demanda do mesmo item consome em média 900 mil.

Outro exemplo que evidencia este salto está na oferta de Carbamazepina cp, medicamento psicotrópico que teve sua demanda multiplicada em dez vezes desde 2003, e que hoje ocupa o ranking dos seis mais requisitados de toda tabela. Tanto a Carbamazepina cp, quanto o Captropil são itens padronizados pela SMS e sua demanda é controlada pelo município.

Um outro problema ainda diagnosticado está na demanda de receitas externas. Aracaju é hoje o único município capaz de atender a demanda de todo estado. Grandes números de consultas e medicamentos ofertados hoje em Aracaju são usufruídos pela população do interior. Em unidades como a USF Anália Pina a demanda externa chega a ser de 27%. Uma a cada quatro pessoas atendidas na unidade é oriunda de outros municípios.

Padronização
A Secretaria Municipal de Saúde tem cerca de 186 itens de medicamentos padronizados. A padronização desses medicamentos obedece a diversos critérios que levam em conta, entre outros, os índices epidemiológicos da população e a demanda dos medicamentos. No ato da contratação são priorizados aqueles medicamentos mais requisitados e que estão em falta.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text] [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

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