[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]Interação e descontração marcaram a conclusão de mais um trabalho preventivo-educativo realizado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) no Presídio Feminino de Aracaju. O grupo ´A Arte de Prevenir é Melhor que Remediar´ apresentou, ao final da semana passada, esquete teatral sobre DST/Aids e contou com a participação intensa da platéia. As internas demonstraram que assimilaram bem as informações passadas pelas profissionais dos Programas de DST/Aids, Saúde da Mulher e do Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA).

De setembro até o final de outubro, enfermeiras e técnicas desses três setores da SMS realizaram uma intervenção no Presídio Feminino com o objetivo de educar, informar, prevenir e diagnosticar doenças como sífilis, hepatite B e C e HIV/Aids. Num primeiro momento, foi realizado o aconselhamento individual e coletivo (pré-teste), quando houve a orientação das detentas quanto à prevenção daquelas patologias, cuidados com a higiene feminina e entrevista. Após este procedimento, foi realizada a coleta de sangue das internas e encaminhamento para exame.

“Quinze dias após os exames, nós voltamos para entregar os resultados e encaminhar as mulheres para tratamento, quando for o caso, no Serviço de Atendimento Especializado (SAE) do Centro de Especialidades Médicas do Bairro Siqueira Campos”, disse a técnica do Programa de DST/Aids, Jô Oliveira. Segundo ela, para fechar todo este trabalho, que envolveu a enfermeiras do CTA e do Programa de Saúde da Mulher, Lídia Gomes e Cristiane Ludmila, “nada melhor do que o lúdico para fortalecer ainda mais o que elas aprenderam conosco”, salientou.

Enquanto os atores do setor de Informação, Educação e Cultura (IEC) da Coordenação de Educação Permanente em Saúde (Coeps) da SMS encenavam, as internas participavam respondendo aos questionamentos feitos pelos personagens. A esquete versava sobre uma sala de aula em que a professora passa um seminário sobre DST/Aids e os alunos têm que apresentar seus trabalhos em classe. Os atores contracenavam e a platéia completava os diálogos com muito humor e demonstrando conhecimento sobre o tema.

“Eu acredito que este trabalho é muito importante, pois a gente passa por algumas situações de risco aqui dentro. Saber se a gente está doente e aprender a se prevenir são coisas sobre as quais a maioria aqui não tinha tanta informação. Agora é diferente, a gente já tem mais cuidado, passa informações para as colegas e, com isso, consegue evitar aquelas doenças. Quem estava doente, agora vai receber o tratamento por parte da Prefeitura e vai se curar. Isso é muito bom”, comentou P. L. S.

O apoio da Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA) à Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania (Sejuc) está promovendo uma reeducação sexual e de higiene feminina dentro do presídio. Além disso, o trabalho das profissionais da SMS leva cidadania e humanização às internas. De acordo com a diretora do Presídio Feminino de Aracaju, Jeane Maria Tavares, cada vez que a PMA volta à unidade para realizar essa atividade, a adesão das internas maior.

“É na verdade uma ação de inclusão social e de humanização. O resultado é tão positivo que a gente já sente até saudade dessa vivência. Eu quero, inclusive, em nome do secretário de Justiça e do diretor do Departamento do Sistema Penitenciário (Desipe), agradecer ao secretário Marcos Ramos e ao pessoal dos programas envolvidos e do CTA, pois esta parceria é muito importante. Se hoje não atingimos todas as detentas, já que é um processo lento, mas que está crescendo, eu tenho certeza de que é da parte que chegaremos ao todo”, frisou.

Um dos aspectos fundamentais para o sucesso da intervenção educativo-preventiva é a articulação dos profissionais de saúde do presídio com as internas e com os da SMS. Como a disseminação das DSTs e do HIV em unidades prisionais é uma preocupação constante, por conta da situação de confinamento e restrição de espaço, o Programa de DST/Aids tem foco na prevenção e no diagnóstico de doenças. Indo ao presídio fazer a orientação e a coleta de sangue, a SMS promove o projeto ´CTA Itinerante´.

“Nossa ação aqui também garante o acesso aos serviços ofertados pela SMS, quebra a cadeia de transmissão das doenças e divulga nossos serviços. É um trabalho gratificante, pois não é uma situação típica, é uma proposta diferente e a gente percebe a satisfação da internas em nos receber dentro do ambiente delas. Elas se sentem confortáveis e não precisam passar pela situação de constrangimento de serem levadas ao CTA algemadas para fazer o exame, por exemplo”, finalizou.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text] [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

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