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Detectar e tratar hepatite C em ex-atletas profissionais do futebol sergipano. Este é o principal objetivo da campanha de alerta contra a doença e que está sendo promovida pela Federação das Associações de Atletas Profissionais (Faap) e a Sociedade Brasileira de Hepatologia, com o apoio do Ministério da Saúde. A Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde (SES) e a Associação de Garantia ao Atleta Profissional de Sergipe (Agap/SE) estão fazendo o teste rápido para detecção da hepatite C nos ex-atletas sergipanos.

De acordo com a enfermeira Áurea Nunes, responsável técnica pelo Programa das Hepatites Virais da Vigilância Epidemiológica da SES, já foram realizados os testes rápidos em ex-atletas profissionais de Aracaju e Propriá. “Foram detectados 12 ex-atletas com o vírus da hepatite C. Em Propriá, por exemplo, seis ex-jogadores foram submetidos ao teste e cinco deram positivo. Por isso é importante que nós busquemos outros ex-atletas”, informou a técnica da SES.

Segundo ela, antigamente era comum os jogadores tomarem energéticos diretamente na veia e as seringas e agulhas não eram descartáveis. “Na maioria das vezes eram esterilizadas de forma precária, por isso, pode haver muitos vivendo com o vírus e outros até tenham morrido sem saber”, destacou Áurea.

O psicólogo Sílvio Alves de Freitas, presidente da Agap/SE e ex-atleta, afirma que a campanha é nacional e abrange esportistas das décadas de 60, 70 e 80. “Estima-se que 50% dos jogadores de futebol deste período tenham sido contaminados, principalmente por falta de instrução, o que não ocorre hoje, porque os clubes e as associações de apoio aos jogadores têm todo cuidado com a saúde de seus atletas, desde as equipes de base”, enfatizou o presidente.

Os próximos testes rápidos acontecem em Propriá, na próxima quinta-feira, 11. Em Estância, no dia 20 de novembro, e em Itabaiana e Lagarto no dias 4 e 11 de dezembro, respectivamente.

Tratamento

Conforme Áurea Nunes, o tratamento é realizado no Núcleo de Hepatites Virais da SES, localizado no Hospital Universitário (HU) e os medicamentos são disponibilizados pelo Centro de Atenção à Saúde de Sergipe (Case).

“O tratamento custa em torno de R$ 60 mil por pessoa e o Governo de Sergipe faz de forma gratuita. O que é realizado aqui pela SES é o mesmo em qualquer parte do mundo”, frisou Silvio Freitas.

A doença

A hepatite é uma doença inflamatória do fígado que compromete suas funções. Existem vários fatores que podem causá-la. Ela pode ser viral (quando for causada por um vírus), auto-imune (quando nosso sistema imunológico reconhece seus próprios tecidos como estranhos, atacando-os para destruí-los) ou ainda ser causada por reação ao álcool, drogas ou medicamentos, já que é no fígado que essas substâncias são transformadas.

Existem vários tipos de hepatites. A hepatite tipo A é transmitida através de coliformes fecais, em locais onde geralmente falta saneamento básico. As hepatites B e C são transmitidas pelo sangue contaminado. A do tipo B é considerada uma doença sexualmente transmissível (DST). Já a do tipo C é geralmente passada por usuários de drogas contaminados que compartilham a mesma seringa e por transfusão sanguínea (antes de 1992, porque a partir deste ano todos os hemocentros fazem exames para detectar o vírus).

A do tipo Tóxica é adquirida pelo excesso de certos medicamentos anti-inflamatórios e antitérmicos, e também pelo consumo abusivo de álcool. A hepatite Delta ocorre muito na região Norte (Amazônia) e só contamina aqueles que já têm o vírus do tipo B. Por fim, a hepatite do tipo E tem a mesma forma de transmissão da hepatite A e não é comum no Brasil.

Agap/SE

A Associação de Garantia ao Atleta Profissional de Sergipe (Agap/SE) é uma das 14 entidades que faz parte da Faap e foi a primeira a ser criada no Brasil. Ela foi fundada em 8 de maio de 1985. Segundo o presidente a Agap/SE já prestou mais de cinco mil atendimentos em educação, formação de técnicos e outros.

“A Agap/SE atualmente proporciona apoio a 80 ex-atletas sergipanos. Nós investimos em educação proporcionando bolsas de estudo em faculdades particulares, em cursos técnicos. Hoje, por exemplo, temos oito jogadores estudando Educação Física e um, Administração na Universidade Tiradentes (Unit)”, informou Silvio.

Ele completou que em 2008 e 2009 foram formados 30 técnicos de futebol. “Antigamente, quem jogava futebol quando parava automaticamente ia ser técnico de futebol, hoje, só pode ser técnico quem for bacharel em Educação Física e passar por um curso técnico”, explicou o presidente da Agap/SE, cuja sede localiza-se no Conjunto Augusto Franco, na capital.

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