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Municípios sergipanos localizados na região do Baixo São Francisco e que desenvolvem a piscicultura estão recebendo atenção especial da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia e do Turismo (Sedetec). O órgão, por meio do seu Departamento Técnico, mobilizou produtores e instituições parceiras para juntos discutirem um Plano de Desenvolvimento (PD) que retrate a real situação da atividade.

Segundo os produtores, o Arranjo Produtivo Local (APL) de Piscicultura, que vinha sofrendo com a falta de organização, agora começa caminhar para uma nova perspectiva de reestruturação, graças à parceria entre a Sedetec, instituições e piscicultores. Na última quinta-feira, 4, produtores dos municípios de Telha, Cedro de São Francisco, Amparo de São Francisco, Neópolis, Propriá e Santana do São Francisco participaram de uma reunião no município de Própria, localizado a 98 km da capital Aracaju.

Durante o encontro, estiveram em pauta as dificuldades enfrentadas pela atividade, seja nas modalidades de tanques-rede ou de criação em viveiros, nos perímetros irrigados. De acordo com Silvia Matos, técnica em arranjos produtivos da Sedetec, que coordenou a reunião, a Secretaria promove a articulação entre parceiros institucionais e o setor produtivo para planejar e captar recursos com o intuito de desenvolver a atividade, e para isso utiliza como instrumento o Plano de Desenvolvimento, que é elaborado de forma participativa.

“A reunião foi extremamente positiva, uma vez que houve uma expressiva participação de instituições e representantes do setor produtivo e proporcionou um proveitoso debate sobre os problemas, oportunidades e ações necessárias ao desenvolvimento do APL de Piscicultura no Baixo São Francisco”, afirmou Silvia.

Segundo Felipe Prado Gomes, gestor do APL de Piscicultura da Sedetec, esta reunião foi uma pequena ação, dentre tantas outras que o órgão desenvolve nos APL’s, que se refletirá em um grande passo para o fomento da piscicultura na região, a qual ainda encontra-se em estágio incipiente. “Como ponto inicial temos a tarefa de articular e mobilizar, o quanto antes, as instituições responsáveis em resolver os problemas que foram bastante enfatizados neste encontro, como o fato das licenças ambientais e a má qualidade da água que circula dentro dos perímetros”, descreveu.

Desafios

As dificuldades encontradas pelos municípios no desenvolvimento da piscicultura ainda perpassam por problemas básicos, como a má qualidade da água, a preparação técnica dos produtores para o melhor manejo da produção e para o planejamento de projetos para fins de licença ambiental, além de noções de gestão. Na reunião entre a Sedetec e os produtores foram discutidas ainda questões sobre associativismo; infraestrutura e logística; qualidade do produto; assistência técnica; mercado; pesquisa e desenvolvimento; concessão de crédito; e a gestão governamental no desenvolvimento da atividade.

De acordo com os piscicultores, as maiores dificuldades no âmbito da adequação da atividade à legislação ambiental, além da falta de orientação para o licenciamento, é a falha na comunicação entre os produtores e as instituições envolvidas, além da quantidade de documentação exigida para licença individual. Outra questão apontada pelos produtores como importante para o desenvolvimento qualitativo e quantitativo do setor foi o preparo técnico dos piscicultores no manejo da produção.

Segundo o representante da Secretaria do Estado de Educação (Seed), Ronaldo Linhares, a pasta prevê o prazo de seis meses para a implantação de uma escola preparatória, que disponibilizará um curso para formação de técnicos em piscicultura. De acordo com Ronaldo Linhares, o curso pretende formar uma base de educação voltada para a atividade e assim capacitar futuros piscicultores para lidar com todas as fases de produção e comercialização de peixes.

“A escola preparatória será construída com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), e contará com cinco laboratórios e um curso técnico. Agora, esperamos que as ações de reestruturação tenham continuidade e a região consiga retomar a atividade da melhor maneira”, opinou.

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