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Com a participação do secretário de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, Genival Nunes, foi iniciado na manhã desta quarta-feira, dia 23, o I Seminário dos Programas Preservando Nascentes e Municípios e Adote um Manancial. Ambos projetos estão voltados para recuperação e preservação de nascentes, vegetação e matas ciliares das sub-bacias do rio Piautinga, e das sub-bacias dos rios Poxim, riacho Cajueiros dos Veados e Siriri Vivo. O evento foi realizado às 8h30, no auditório da Sociedade Semear.

“O Governo do Estado está investindo nesses programas que protegem e recuperam nascentes e matas ciliares desde a sua concepção na Semarh, em 2008. Compreendo que os planos de ação não devem parar, ainda há muito que ser feito. Quando se recupera uma nascente e um curso d’água, estamos não só permitindo a existência do rio, mas ainda possibilitando a produção de água limpa e tratada para centenas de famílias. Vou acompanhar veemente a esse valioso projeto na área de recursos hídricos, a qual conta com recursos financeiros do Fundo Estadual de Recursos Hídricos (Funerh).

O secretário destacou ainda que as ações realizadas em ambos os programas serão de conhecimento do Conselho Nacional do Meio Ambiente, o Conama. E que pretende fazer com que esses projetos sejam pilotos, a exemplo do caso das padarias do Estado de Sergipe, onde 35% delas mudaram sua matriz energética, quando saíram do uso de fornos à lenha para utilização do forno a gás, exemplo que é seguido por demais Estados da Federação.

‘Adote um Manancial

O projeto adote um manancial tem o objetivo de identificar e diagnosticar às principais nascentes na sub-bacia hidrográfica do Rio Piautinga, localizadas nos municípios de Lagarto, Salgado, Boquim e Estância; e ainda contempla recuperação de um trecho de 10k nas margens do riacho Grilo, localizado entre os municípios de Boquim e Salgado.

O projeto executado tem como coordenador, o engenheiro florestal e professor da Universidade Federal de Sergipe, Robério Anastácio Ferreira. Referindo-se ao cenário das sub-bacias do Piautinga e resultado do diagnóstico, afirma que degradação tem efeito cascata e justifica. “Se não for feito algo de imediato, Sergipe perderá essa grande riqueza que se chama biodiversidade”.

A preocupação revelada é fruto do acompanhamento iniciado em 2008. Segundo mostrou, nos últimos três anos foram diagnósticas 137 nascentes nos municípios de Lagarto, Salgado, Boquim e Estância. Do total, 90% estão degradadas. Ou seja, apenas 10% são consideradas preservadas.

“Consideramos nascentes preservadas aquelas que possuem 50m de vegetação no entorno das nascentes. As demais necessitam de plantio e replantio”, afirma, enfatizando que nos últimos três anos foram plantadas cerca de 13 mil mudas.

Com relação a necessidade da continuidade do programa “Adote um Manancial”, este concluído em 2010, declara que sem amparo técnico as mudas plantadas podem morrer. “Nas regiões existem ocupação urbana, agrária e desmatamentos para uso de lenha. É necessária uma nova negociação para uma nova etapa do projeto. O que parece que não teremos nenhuma dificuldade de continuar a fazê-lo, após apoio manifestado hoje aqui pelo secretário do Meio Ambiente”, salienta o professor Robério.

Preservando nascentes e municípios

O programa tem por objetivo recuperar as nascentes e matas ciliares e o monitoramento da qualidade das águas nas sub-bacias dos Rios Poxim, Cajueiro-dos-Veados e Siriri-Vivo, com investimentos na ordem de R$ 2.426.599,00.  A ação teve início em 2009 e beneficia os municípios de Areia Branca, Itaporanga D’Ajuda, São Cristóvão, Malhador, Siriri e Nossa Senhora das Dores.

O volume das águas das nascentes desses municípios e a sua vulnerabilidade diante da ação antrópica, foram questões apresentados pelo doutor em Irrigação e Drenagem da UFS, Professor Gregório Faccioli. Segundo explicou, a aplicação de um modelo hidrológico das nascentes foi prioritário para aquisição de informações inerentes ao volume de água que cada rio produz, uma utilização que vai desde o  consumo humano ao  animal.

O modelo permite um parâmetro técnico para se conhecer o volume da água,  dados as quais irão subsidiar o processo de outorgas de uso da água.  Serve ainda para determinação das ações antrópicas como barramento e assoreamento e destruição da mata ciliar. Com isso, estabelecer possibilidades reais de parâmetros técnicos para outorgas dessas águas.

Além de preservação e recuperação de nascentes e municípios e restauração de florestas, o  projeto conta ainda com atividades de Educação Ambiental. O objetivo é alcançar a participação da população das atividades executadas pelo projeto na localidade.

Parceria

Ambos os programas, “Preservando Nascentes e Municípios” e “Adote um Manancial”,  são objetos de termo de parceria firmados entre Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh) e a Semear, desenvolvidos com recursos financeiros do Fundo Estadual de Recursos Hídricos (Funerh).

Presenças

Participaram da realização do seminário, técnicos da Semarh, das superintendências de Biodiversidade e Florestas, Recursos Hídricos e Qualidade e Educação Ambiental (SBF, SRH e SQS) e da Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema) da área de licenciamento ambiental e laboratório, além da equipe do Oscip Semear, envolvidos com a execução dos de ambos projetos citados.

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