Projeto Trabalho Cidadão é revitalizado por meio de parceria entre a PMA e a Universidade Tiradentes
Oferecer um melhor posicionamento diante das exigências atuais do mercado de trabalho informal, bem como melhores condições de competitividade, são propostas do Projeto Trabalho Cidadão. Serão beneficiados mais de 300 ambulantes que desenvolvem suas atividades na Orla da Atalaia. A primeira etapa está concentrando 106 trabalhadores que estão absorvendo conhecimentos por meio de cursos ligados às áreas de turismo, legislação ambiental, atendimento ao cliente, técnicas de vendas, higiene e manipulação de alimentos e outros assuntos ligados à comercialização de produtos.
Durante o desenvolvimento do projeto, a Fundat vem promovendo a organização do segmento, aplicando ações que buscam a melhoria na qualidade de vida dos trabalhadores informais da Orla de Atalaia. O projeto é coordenado pela assistente social Clara Angélica Almeida Santos, que ao lado de sua equipe vem mobilizando os trabalhadores informais. São seis anos de implantação do Trabalho Cidadão e, desta vez, o projeto passa por uma revitalização.
“A Fundat não estará desenvolvendo uma fiscalização controladora, porque esse não é o nosso papel. A idéia é levar informações necessárias para o bom andamento da atividade desempenhada”, esclareceu o presidente da fundação, Carlos Magno Costa Garcia.
Treinamento na universidade
José Ademilton Souza Ribeiro, popularmente conhecido como “Batoré”, é um dos participantes. A coincidente semelhança com o personagem Batoré é o carro-chefe para o seu marketing. O trabalhador comercializa sucos e salgados e, de forma bem descontraída, imita o personagem, chamando a atenção dos consumidores. “Aprendi que fazia o meu marketing sem ter noção do meu potencial. Você pensa que é bonito ser feio?”, disse, imitando o bordão do Batoré original.
Os ambulantes declararam que gostam da atividade que desenvolvem e que, por meio do curso, estão descobrindo a melhor técnica de abordagem, bem como a necessidade de manter a higiene na manipulação dos alimentos. As expectativas giram em torno de melhores vendas, um aquecimento em torno de 70%, a exemplo do que ocorreu quando da implantação do projeto.
José Carlos da Silva Santos comercializa artesanato, algodão doce, balas e brinquedos. Para ele, o curso está sendo bastante construtivo. “É muito bom a gente freqüentar as dependências de uma universidade e passar a conhecer as técnicas ideais para conversar com o turista e como comercializar bem o nosso produto. “Tenho certeza que vou ganhar uns bocados a mais”, contou.
Josenilde Nascimento de Jesus comercializa água mineral, refrigerantes, cachorro-quente e churrasquinho. “Este curso veio na hora certa. O aspecto da higiene é importante”, afirmou.
A professora de técnicas em vendas Iolanda Pereira, esclareceu que repassou os seus conhecimentos, principalmente nas questões voltadas à abordagem ao cliente; auto-estima e confiança. “Mostramos que não é somente saber se expressar, mas que a própria cultura deles é uma forma de marketing, de chamar a atenção”, apontou.
Entrega dos certificados
A entrega dos certificados será na próxima quarta-feira, às 19 horas, no auditório da reitoria da Unit, com a distribuição dos fardamentos. Vale destacar que os uniformes estão sendo doados pela Unit.
Carlos Magno explicou que os fardamentos correspondem a bermudas e jalecos, em tecidos leves, considerando o clima sergipano e o local de atuação desses trabalhadores. Os jalecos são na cor branca, enquanto que as bermudas em cores variadas, de acordo com o produto comercializado.
Não é a primeira vez que a Fundat mantém parceria com a Universidade Tiradentes. “O reitor da Unit, Joubert Uchoa, tem demonstrado sensibilidade às questões voltadas à capacitação profissional, bem como as causas sociais e, para nós que integramos a Prefeitura de Aracaju, essa parceria é de extrema importância, porque também proporciona a geração de trabalho e renda, uma das principais preocupações do prefeito Edvaldo Nogueira”, esclareceu Magno.
O presidente também citou que aquelas turmas seriam multiplicadoras. “Vocês são exemplos para outros trabalhadores informais da orla de Atalaia. Todos terão que seguir a modernidade. Todos nós somos importantes dentro do nosso espaço”, finalizou.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text] [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]