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Todas as quartas-feiras, às 15h30, quem passa pela Ala 400 do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) se depara com um ambiente bem diferente de uma área hospitalar. Na Ala, que acolhe pacientes clínicos, acontece nesse dia e horário um encontro denominado ‘Rodas da Vida’. Trata-se de uma reunião informal que envolve acompanhantes de pacientes e profissionais de saúde que trabalham nesta ala.
 
A arrumação das cadeiras é improvisada, formando duas fileiras, com acompanhantes que ficam uns em frente aos outros, ouvindo palestras, tirando dúvidas e interagindo com colaboradores do hospital. O idealizador do projeto, o médico Edney Vasconcelos, conta que em todo local em que trabalha costuma fazer o que ele chama de ‘chuva de ideias’. No Huse não foi diferente.
 
“Basicamente o plano começou em outubro de 2010, com reuniões semanais para tirarmos dúvidas dos acompanhantes. Logo vimos que não eram apenas reuniões, mas sim grandes encontros de vidas e cuidados. Trabalhamos com uma equipe multidisciplinar fixa, com médico, fisioterapeuta, nutricionista”, explica.
 
De acordo com Edney, os colaboradores começaram apenas tirando dúvidas dos acompanhantes, depois passaram a mostrar como trabalham, o que fazem, quais os serviços oferecidos pelo Huse e, finalmente, organizar palestras informais sobre assuntos sugeridos pelos acompanhantes.
 
Na última quarta, por exemplo, o tema foi Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), abordado pela técnica em enfermagem Helena Lima. “Em minha última palestra, que foi sobre aleitamento materno, percebi que mães que entregavam seus filhos para outras mães amamentarem estavam com muitas dúvidas sobre transmissão de DSTs. Percebi também que esse é um tema que chama muita atenção, por isso resolvi falar sobre prevenção e tratamento”, esclarece.
 
Para a acompanhante de paciente Vanessa Calado, que está há cerca de cinco meses com o irmão internado, o ‘Rodas da Vida’ é um projeto que distrai e, ao mesmo tempo, orienta. “É muito legal participar desse encontro. Fico esperando o dia para conversar com as pessoas, assistir às palestras, cantar, ouvir música. Para nós, que estamos no hospital, é uma diversão, uma oportunidade de descontrair”, comenta.
 
Quem também se diverte com o projeto é Wilames Oliveira, que está com a mãe internada. “Eu acho tudo de bom. Dá para aprender muita coisa e a gente esquece um pouco dos problemas. Sem contar que o pessoal daqui do hospital é nota dez. Fico muito satisfeito quando posso participar do Rodas da Vida”, diz.
 
Após cada encontro, é acordado com os acompanhantes o tema a ser compartilhado na quarta-feira seguinte. No último, o médico Edney Vasconcelos tocou violão e animou os acompanhantes. As poesias também têm vez no ‘Rodas da Vida’. “Tivemos internada aqui uma professora, poetisa, que mostrou todo o seu talento em poesia. Isso é muito gratificante”, complementa Vasconcelos.

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