Projeto ‘Minha Vida Tem História’ continua encantando público nos CRAS
A peça teatral, encenada por adolescentes egressos dos Programas Agente Jovem e Jovem Aprendiz, realizados pela Semasc em parceria com o Governo Federal, encantou o público que a assistiu a apresentação no Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) Antônio Valença Rollemberg, situado no bairro Augusto Franco. Depois que saíram dos programas sociais, os adolescentes usaram a experiência e o conhecimento que absorveram durante as atividades oportunizadas pela Semasc e formaram a Comdrapa, com a orientação do arte-educador Rivaldino Santos.
O novo espetáculo trouxe a história de Antônio Cassimiro, 66, nascido no povoado Inês, município de Muribeca, que é participante do Grupo de Convivência do CRAS Carlos Fernandes de Melo, no bairro Lamarão. Também foram retratadas as histórias dos idosos: Maria Marques, 77, nascida no povoado Anipum em Aracaju e integrante do Grupo de Convivência do CRAS João Oliveira Sobral; Benedita Menezes da Silva, 79, nascida em Penedo, Estado de Alagoas, e integrante do Grupo de Convivência do CRAS Antônio Valença Rollemberg; Maria José Santana, 69, nascida em Aracaju e participante do Grupo de Convivência do CRAS Jardim Esperança; e Maria Bernadete de Jesus, 69, nascida em Estância e integrante do Abrigo SAME.
Idosos e adolescentes integrantes dos programas sociais desenvolvidos no CRAS Antônio Valença Rollemberg acompanharam atentamente cada detalhe da apresentação e interagiram com os protagonistas das experiências narradas pelos idosos. As falas e expressões eram observadas por todos com grande expectativa e concentração. “Não pensei que podia aprender tanto com a história desses idosos. O teatro proporciona diversão e muito aprendizado”, afirmou o jovem Leandro Conceição Paulino, 12, integrante do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), que assistia à peça.
Leandro é um destes garotos que preferem esquecer o passado pela falta de oportunidade e marcas da exploração do trabalho infantil. Segundo ele, que está no Peti há dois anos, o Programa mudou completamente sua vida. “Antes eu vivia na rua sem ter o que fazer, mas hoje sou uma pessoa melhor e dou mais valor aos meus pais e aos meus estudos”, contou.
Os demais garotos também aplaudiram o espetáculo. “Essas histórias, retratadas na peça, nos mostram todo o passado e toda dificuldade que essas pessoas passaram na vida e nos proporcionam conhecimentos que podemos levar para toda a vida”, destacou Adriano da Cruz Lima, 13, que também comemora as mudanças que o Peti proporciona em sua vida. “O Peti mudou minha vida e posso dizer que agora terei um futuro melhor”, afirmou o jovem, que oportuniza, na Oficina de Judô, da qual participa, sonhos classificados como distantes no seu passado e que hoje se revelam possíveis. “Eu adoro judô e pretendo seguir carreira e dar um futuro digno para minha família”, destacou.
Por sua dinâmica, o Projeto ‘Minha Vida Tem História’ vem ultrapassando a barreira de gerações e contagiando pessoas de várias idades. “Este contato é muito importante, porque mostra para os mais novos a importância de todos nós (idosos) na construção da personalidade dos adolescentes”, conceitua dona Maria Velelina Santos, 67, integrante há dois anos do Grupo de Convivência do Conjunto Augusto Franco. “É uma oportunidade maravilhosa aprender com a experiência real vivida por essas pessoas. Tudo isso serve de referência para os mais novos aprenderem as dificuldades da vida”, ressaltou dona Júlia Ladislau da Silva, 57, também integrante do Grupo de Convivência do Augusto Franco.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text] [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]