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Durante todo o dia da última quarta-feira, 28, técnicos da Secretária de Estado do Desenvolvimento Urbano (Sedurb) e da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico da Ciência e Tecnologia (Sedetec) receberam dois técnicos do Governo da África do Sul que tiveram conhecimento dos casos de sucesso do Programa Sergipe Cidades e do programa de Arranjos Produtivos Local (APL) em Sergipe e quiseram conhecer de perto para troca de experiências e aprendizados.

“Trabalho para o Governo Nacional (equivalente ao Governo Federal), no departamento de Ciência e Tecnologia, lá nós focamos em iniciativas rurais nas comunidades para tentar encontrar formas de melhorar a vida das pessoas mais pobres. Trabalhamos com projetos e políticas voltadas para ajudar a população mais carente a melhorar suas condições. Tivemos conhecimento de trabalhos de sucesso nas áreas rurais daqui de Sergipe, e esse é nosso foco. Viemos conhecer como funcionam as iniciativas daqui, comparar com o trabalho desenvolvemos e compartilhar experiências entre o Brasil e África do Sul”, explicou Busi Ntuli, Técnica do Departamento Nacional de Ciência e Tecnologia da República da África do Sul.

Durante a reunião da manhã, o Secretário Adjunto de Desenvolvimento Urbano, Joelson Hora, deu as boas vindas aos técnicos junto com a Secretária Adjunta da Fazenda, Ana Cristina Prado Dias e os assessores técnicos da Sedurb, falaram sobre o Programa Sergipe Cidades. Durante a apresentação os técnicos que trabalham no programa explicaram desde a sua concepção, que surgiu por meio das consultas populares durante as conferências do Planejamento Participativo, até a fase que ele se encontra hoje após quatro anos de existência do programa. “O programa Sergipe Cidades é um marco no Governo Marcelo Déda. Ele concretizou a política de interiorização do desenvolvimento levando desde serviços básicos como pavimentações de municípios e povoados até grandes investimentos como no caso das Escolas Profissionalizantes e o Complexo Empresarial Integrado (CEI) em Tobias Barreto”, pontuou Laura Sá.

Após a apresentação da Sedurb, Sudanês Pereira, diretora técnica da Sedetec, acompanhada de Jussara Alves, gestora de APL, falaram sobre Arranjos Produtivos Locais em Sergipe. “Os Arranjos Produtivos Locais (APLs) são aglomerações de empresas localizadas em um mesmo território, que apresentam especialização produtiva e mantêm algum vínculo de articulação, interação, cooperação e aprendizagem entre si e com outros atores locais tais como governo, associações empresariais, instituições de crédito, ensino e pesquisa”, explicou Sudanês.

Na sua apresentação, ela mostrou como funciona a política de APL’s em Sergipe e como trabalho o Núcleo Estadual de Arranjos Produtivos Locais. Em Sergipe são dez os APLs cadastrados no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC): Pecuária do Leite, Confecções e Artesanato de Bordado, Piscicultura, Ovinocaprinocultura, Fruticultura, Apicultura, Mandiocultura, Tecnologia da Informação, Cerâmica Vermelha e Petróleo e Gás. De acordo com Sudanês Pereira, diretora do Departamento Técnico (DET) da Sedetec, essa identificação foi feita de forma planejada e com a participação de diversos parceiros. “Era importante fazermos esse trabalho de forma criteriosa e com base em questões que nos dessem respostas claras sobre os arranjos produtivos em nosso Estado”, ressaltou.

Ainda durante as apresentações os técnicos da África do Sul fizeram questionamentos e tiraram suas dúvidas sobre o Sergipe Cidades e APL’s. “Achei muito interessante no Programa Sergipe Cidades o planejamento, como conseguiu criar um relacionamento com a comunidade, integrou a população e o território, ouviu todas as pessoas, e fez um plano para atender toda uma área, em vários locais do estado, a elaboração por meio da consulta popular nos chamou muita atenção”, destacou Busi Ntuli.

Visita Técnica

No turno da tarde, os técnicos da Sedurb e Sedetec levaram os técnicos do Governo Nacional da África do Sul para conhecer um Arranjo Produtivo Local de sucesso no Povoado Gameleira e Adjacências, em Campo do Brito. Os membros da Associação Comunitária e Produtiva dos Moradores do povoado foram contemplados pelo edital 2010 de Fomento aos Arranjos Produtivos Locais de Baixa Renda.

Com o recurso disponibilizado pela Secretaria de Estado da Inclusão, Assistência e do Desenvolvimento Social (Seides) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES – Fundo Social), a Associação pode estruturar a Cooperativa dos Produtores de Mandioca de Campo do Brito, que já existe há oito anos.

Antes de ser contemplada pelo edital, a cooperativa atuava em condições precárias, os alimentos eram preparados em uma batedeira antiga e assados em fornos a lenha. Após receber os R$ 189 mil solicitados e divididos em parcelas, o presidente da cooperativa, Carlos Lapa Santos, explicou com as mudanças na infraestrutura. “É visível a melhoria que já conseguimos. Antes aqui funcionava uma casa de farinha, era um local escuro e antigo. Transformamos em uma cooperativa, mas continuamos em condições precárias. Após sermos contemplados pelo Edital, a situação mudou”, conta.

“Com o recurso, já reformamos a parte de construção civil da cooperativa, colocamos piso e revestimento nas paredes, compramos freezers, fornos industriais, liquidificador industrial, entre outros equipamentos que só trouxeram benfeitorias para o nosso trabalho”, complementou Carlos.
Segundo ele, com a mandioca é possível elaborar mais de 180 receitas como bolos, empadas, beiju, pé de moleque, brigadeiro. Porém, com a antiga estrutura era difícil variar o cardápio.
Além de explicar todo esse processo, ele explicou também como funciona o trabalho, o que eles vendem, a quantidade que produzem e que vedem e respondeu as dúvidas dos técnicos.

“Foi muito interessante, lá na África do Sul, possuímos muitas áreas rurais e nossa dificuldade é manter esse pessoal na área rural, pois muitos não querem mais pela dificuldade do trabalho, os jovens também não se interessam. Aqui podemos ver um caso de sucesso que os jovens acabam dando continuidade e o projeto melhora a vida deles, a partir da modernização e qualificação. Muito bom compartilhar e conhecer essas experiências, além da recepção que nos foi dada, só temos a agradecer”, concluiu a Técnica do Departamento Nacional de Ciência e Tecnologia da República da África do Sul.

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