Prefeitura promove palestras na Semana Nacional da Consciência Negra
Na capital, as Bibliotecas Públicas Clodomir Silva e Ivone de Menezes Vieira, ambas unidades da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Esportes (Funcaju), promoveram palestras na noite da última quarta-feira sobre a condição do negro na sociedade, com professores especializados no tema.
A professora Dra. Sharyse Piroupo do Amaral, Chefe da Divisão de Digitalização do Arquivo Judiciário de Sergipe, apresentou ao público presente no auditório da Biblioteca Clodomir Silva alguns aspectos de sua pesquisa ´Da Sujeição ao Sujeito – reflexões sobre a história do negro em Sergipe´.
Ela lembrou que em Sergipe houve um movimento quilombola intenso anteriormente ao processo abolicionista. “Isso ocorreu pelo menos 15 anos antes do início do processo abolicionista no Brasil. O movimento abolicionista sergipano veio somar-se ao movimentos dos escravos em todo o nordeste”, disse.
O professor Dr. Petrônio Domingues, do Departamento de História da Universidade Federal de Sergipe, defendeu o tema ´Consciência Negra: A origem da data e seu significado histórico´. Ele destacou historicamente a instituição do dia 20 de novembro como data comemorativa da consciência negra e sua significação nos dias atuais.
O palestrante também traçou a biografia de figuras emblemáticas que lutaram a favor do movimento negro, entre elas a sergipana Beatriz Nascimento, que militou a favor dos negros e das mulheres, mas morreu assassinada em 1995, no Rio de Janeiro.
Para o coordenador do debate Andrey Roosewelt Chagas Lemos, que também é militante do Movimento Social Negro de Sergipe, a realização das palestras em espaços como as bibliotecas públicas é importante para sensibilizar e integrar a comunidade. “O objetivo do debate é fazer com que os estudantes e professores resgatem o passado cultural escondido há anos e comecem a reconhecer sua identidade e o papel dentro da sociedade”, explica.
Na ocasião, Andrey fez questão de ressaltar a atuação do Governo Federal no sentido de promover a igualdade racial. “A lei n° 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que inclui no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática `História e Cultura Afro-Brasileira´ e institui o Dia Nacional da Consciência Negra, é um instrumento importante para que a sociedade reconheça o papel histórico dos diversos líderes quilombolas, como Zumbi dos Palmares”, finaliza.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text] [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]