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A terceira edição do cortejo de afoxés arrastou uma multidão de 10 mil pessoas pela Orla de Atalaia na noite do último sábado, segundo estimativas dos agentes municipais de trânsito. O evento faz parte das comemorações das religiões afro-brasileiras a Nossa Senhora da Conceição, padroeira de Aracaju e do Estado de Sergipe. O apoio é da Prefeitura Municipal e do Governo Estadual, em parceria com os grupos de terreiros da cidade.

Participaram do desfile o bloco sergipano de mulheres Omo Oxum e o tradicional Ilê Ayê, vindo diretamente de Salvador (BA) para animar a festa. Pelo dia, a programação incluiu procissão pelas ruas do Centro, missas, toque de xirê ao orixás e a lavagem das escadarias da Catedral Metropolitana, manifestações que consolidam o sincretismo religioso brasileiro. Para os católicos, o dia 8 de dezembro celebra Nossa Senhora da Conceição e, para os praticantes do Candomblé, o orixá Oxum.

"Essa é uma iniciativa extremamente importante para reparar os anos de discriminação e perseguição às religiões de matriz africana. Gostaria de ressaltar o apoio decisivo da Prefeitura na consolidação dessa grande festa da cultura popular, que tem de tudo para deixar de ser uma política de governo para se tornar uma política de Estado", reconhece Fernando Aguiar, vice-presidente do Omo Oxum. Na primeira edição, o bloco reuniu 800 componentes, passando para 1.200 em 2006 e 2.500 esse ano.

Tradição

O prefeito Edvaldo Nogueira, que desceu do trio elétrico e participou do cortejo no meio do povo ao lado do governador Marcelo Déda, ressaltou a importância da influência e da contribuição do povo negro na formação da sociedade brasileira. "Foram os descentes da África que ajudaram a construir nosso país. Fico feliz em ajudar a consolidar a tradição do afoxé em Aracaju e trazer para nossa cidade o maior bloco social do Brasil, que faz um trabalho extraordinário na Bahia. Como costuma dizer Caetano Veloso, ´eu só quero ver o Ilê passar por aqui´", comentou Edvaldo.

O reconhecimento ao trabalho da Prefeitura vem tanto dos anônimos como do meio artístico. "É excelente que o poder público ajude a valorizar as religiões afro-brasileiras, tão discriminadas ao longo da História. Isso mostra que não existe superioridade religiosa, mas sim um só Deus que ama a todos", afirmou a secretária Simone Santos, 30. Para o diretor do grupo Imbuaça e do Teatro Tobias Barreto (TTB), Lindolfo Amaral, os afoxés que sempre estiveram ligados à casa de santo e ao Candomblé, começam a sair do seu abaçá de maneira organizada. "Isso colabora para quebra de tabus e faz com que as pessoas tenham orgulho de ser negro. Parabéns ao prefeito e aos terreiros, que estão levando seus filhos para rua celebrar os orixás", avaliou.

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Edvaldo Nogueira participa da procissão de Nossa Senhora da Conceição ao lado de Déda

 

 

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