[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]As 26 famílias que residiam em áreas com risco de desabamento e há três meses vivem em casas alugadas pela Prefeitura de Aracaju nos bairros Santos Dumont, Coqueiral e Soledade celebram o resgate da dignidade, segurança e auto-estima. Vítimas das enchentes que assolaram a capital e diversos estados nordestinos no ínicio deste ano, elas são a prova real de que a administração municipal atua em favor dos aracajuanos de baixa renda, garantindo porto-seguro em tempos de adversidade.

No bairro Santos Dumont, antigos moradores do Morro do Tangará lembram dos riscos que enfrentavam no período das chuvas. “Quando chovia a gente tinha medo de cair. Eu ficava procurando plástico para poder cobrir as coisas dentro de casa”, diz a dona de casa Maria Clara Souza, 50, que viveu 15 anos no Tangará. “O morro escorregava demais e a gente corria o risco de cair na lama. A gente era acostumado a levar cada queda…”, completa o esposo, Antônio dos Santos, 63. Eles residem com mais dois filhos e uma neta na casa alugada pela PMA.

Desde janeiro morando em casas que dispõem de estrutura adequada, com sanitário e ligadas à rede de esgoto, essas famílias já não enfrentam as dificuldades do passado. “Não tinha banheiro dentro de casa e quando a gente fazia as necessidades tinha que jogar no mato. Água só chegava de madrugada, ia embora umas seis horas da manhã e era uma torneira só para todo mundo”, destaca Luiz Carlos Costa, 40, desempregado.

Segurança e dignidade
Não era apenas o risco de desabamento que assolava os ex-moradores de casas de taipa. “O morro era perigoso, para sair de casa a gente tinha que deixar alguém, pois poderiam roubar nossas coisas. Um vez roubaram o meu rádio”, lembra Luiz Carlos. “Tinha muito malandro pelas redondezas e eles iam se esconder no morro. Uma vez fui atingido por um grupo de três deles. Lá era que nem a guerra que está hoje no Rio de Janeiro”, diz, enquanto mostra a cicatriz no pescoço.

Num ambiente mais seguro, esses aracajuanos comemoram o direito à liberdade. “Não quero mais voltar para o morro, de lá quero é distância. Aqui nós temos segurança“, expressa Luiz Carlos. “Aqui estamos na paz”, diz, aliviado, Antônio dos Santos. “Foi mil vezes uma melhora a gente ter saído de lá. Aqui é tranqüilo, não tem perturbação, graças a Deus”, completa Maria Clara.

Mas a conquista maior dessa parcela da população que se sentia marginalizada é o resgate da dignidade e da auto-estima. “No morro a gente não tinha valor, ninguém considerava a gente. Tudo de ruim que acontecia, a gente não tinha nada a ver, mas diziam sempre que era o povo do morro”, desabafa Maria Clara. “Confundiam a gente com malandro, mas aqui é muito diferente”, diz Luiz Carlos, com a cabeça erguida de quem reconhece o valor que tem.

Os vizinhos desses novos inquilinos também observam o valor humano da ação realizada pela Prefeitura de Aracaju. “A prefeitura fez uma bem-feitoria, ajudou essas famílias na hora da precisão”, diz a dona de casa Maria de Lourdes Alves, 38.

Além das 18 famílias que vivem no Santos Dumont, outras oito foram distribuídas pelos bairros Soledade e Coqueiral, áreas também atingidas pelas chuvas. “O contrato das casas é de seis meses passível de renovação por mais seis. Já estamos preparando a futura inclusão dessas famílias em programas sociais da prefeitura”, afirma Maria das Graças Santos Oliveira, chefe da Divisão de Apoio à Moradia da Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania (Semasc).[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]

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