Pesquisadores apoiados pela Fapitec desenvolvem produtos inovadores com energia solar
A energia solar é uma das alternativas energéticas promissoras para o futuro, por ser inesgotável e renovável. Os países que mais produzem energia solar são Japão, Estados Unidos e Alemanha. Em Sergipe, pesquisas têm colaborado para desenvolvimento sustentável no Estado. Já imaginou comer alimentos cozidos através de um fogão solar? Este é um dos projetos aprovados no edital de Tecnologias Sociais, coordenado pelo pesquisador da UFS, Paulo Mário. O projeto foi desenvolvido na comunidade do Robalo, em Aracaju, com o apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica (Fapitec/SE), vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec).
A partir do programa de Tecnologias Sociais, comunidades carentes têm acesso a tecnologias inovadoras utilizando energia solar. Fogão, secador de frutas e desinfecção de água contaminada são alguns exemplos da utilização do sol como fonte de energia. “Esta ação se insere na perspectiva de contribuir com melhoria da qualidade de vidas das populações com maior vulnerabilidade e de colaborar com a construção de um padrão de desenvolvimento mais sustentável”, afirmou Paulo Mário.
Além de amenizar os processos de degradação, o fogão solar incrementa a renda diminuindo os gastos na compra da lenha, ação rotineira dos moradores, e do gás de cozinha. Além disso, a energia solar é considerada uma fonte de energia limpa e renovável, pois não polui o meio ambiente e não acaba. A partir do fogão desenvolvido nesta comunidade, o pesquisador Paulo Mário, analisando os problemas de saneamento e utilização da água, com altos índices de coliformes fecais, desenvolveu outro produto inovador: uma planta piloto para desinfecção de água através da energia solar.
“A utilização da energia solar como proposta de desinfecção de águas no estado de Sergipe pode ser tecnicamente viável, pois além da intensidade solar favorável na região, já existe um domínio de desinfecção para pequenos reatores”, afirmou o pesquisador. O projeto já alcançou bons resultados e a próxima meta é aplicar extensivamente na comunidade do Robalo. Com recursos oriundos do edital, foram investidos mais de R$ 50 mil nos dois projetos.
Secador de frutas solar
A desidratação de frutas em secador solar é uma técnica simples e de baixo custo. Quando planejada nos horários e período de alta incidência solar, adequado às condições de secagem, pode-se obter produtos de qualidade. Com esta proposta, o pesquisador da UFS, Gabriel Francisco Silva, pretende contribuir mais ainda para a produção de energia limpa.
“O projeto tem por objetivo realizar estudo, montagem e transferência de um secador solar compacto para secagem e desidratação de frutas e outras matérias primas”, afirmou o pesquisador. A ação de sustentabilidade apoiará a Associação Comunitária Resplandescer na padronização e na qualidade de seus produtos. A associação é formada por um grupo de 30 mulheres de baixa renda, situada na comunidade rural do povoado Cabrita, município de São Cristóvão /SE. Serão realizadas oficinas, treinamento e aplicação da cartilha para auxiliar a utilização do secador solar.
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- Paulo Mário / Fotos: Ascom/Fapitec