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A Sociedade Canoa de Tolda, do município de Brejo Grande, recebeu a certificação do prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, pelo projeto Luzitânia, na noite de sexta-feira, 16, na sede do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em Sergipe (Iphan-SE). Na oportunidade, o Governo de Sergipe, através da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), entregou ao Iphan uma réplica do diploma do Patrimônio Cultural da Humanidade concedido à Praça São Francisco, em São Cristóvão.

O projeto Luzitânia é responsável pela promoção de melhorias nas condições de vida da população das comunidades ribeirinhas, através do estímulo à preservação do patrimônio natural e cultural da região. Composto apenas por voluntários, o projeto Luzitânia nasceu em 1997, com o intuito de restaurar e manter em atividade, através de diferentes ações, um dos últimos exemplares de uma embarcação tradicional daquela região, a canoa de tolda – hoje tombada como Patrimônio Nacional pelo Iphan.

Entre os 230 trabalhos inscritos no Prêmio, apenas chegaram à pré-seleção da fase nacional os 81 melhores projetos, entre eles o ‘Luzitânia’, da Sociedade Canoa de Tolda, inscrito na categoria ‘Preservação de bens móveis’, sendo o único projeto da região Nordeste a receber o título, que originou também uma premiação de R$ 20 mil.

Representando a secretária de Estado da Cultura, Eloísa Galdino, o secretário adjunto, Marcelo Rangel, destacou a importância do Prêmio não apenas para o município de Brejo Grande, mas para Sergipe como um todo.

“É representativo para Sergipe ter este reconhecimento nacional entre tantas iniciativas de preservação do patrimônio desenvolvidas pela sociedade civil. Trata-se de um trabalho de uma região extremamente rica, mas também carente em relação a ações culturais ligadas ao patrimônio. Por isso é uma alegria imensa para o Estado figurar entre essas ações graças ao trabalho da Canoa de Tolda”, explanou o gestor.

Presidente da Sociedade Canoa de Tolda e coordenador do projeto, Carlos Eduardo Ribeiro afirmou que a Canoa não se limita apenas a ser um objeto, ela representa a região do baixo São Francisco. “Esse prêmio é de suma importância para nós, pois ele não significa apenas um objeto que passamos 10 anos restaurando. A Canoa significa nosso modo de viver e ao mesmo tempo faz lembrar as pessoas que aquele lugar, o baixo do São Francisco, existe sim”, frisou Carlos, que ainda ressaltou que o projeto foi resultado de um trabalho em equipe.

A superintendente do Iphan em Sergipe e presidente da comissão estadual que indicou os trabalhos, Terezinha Oliva, também lembrou outros dois projetos que tiveram destaque no Prêmio Rodrigo Melo. Segundo ela, essa premiação reconhece as iniciativas da sociedade, cujo apoio é de fundamental importância para o Iphan.

“Esta é a hora de festejarmos a participação de outros dois projetos inscritos no prêmio. É o caso da professora Lúcia Maria Pereira que inscreveu um trabalho finalista na seleção e o trabalho da TV Glória, que cuida de preservação da memória do homem sertanejo. Preservar o Patrimônio Cultural Brasileiro é responsabilidade de todos nós”, dialogou Terezinha.

Entrega da réplica do diploma

Além do Iphan, outras instituições como o Arquivo Público do Estado de Sergipe, o Memorial do Poder Judiciário, o Palácio-Museu Olimpio Campos, e o Museu da Gente Sergipana – Banese Cultural receberão réplicas do documento. O documento original está exposto no Museu Histórico de Sergipe (MHS), localizado na Praça São Francisco. A Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe (Alese) e o Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe (IHGSE) já receberam as reproduções do documento.

Para Marcelo Rangel, a entrega da réplica que conferiu título de Patrimônio Mundial à Praça São Francisco, ao Iphan, representa todo empenho que a equipe do Instituto teve nesta conquista. “É importante destacar o esforço que o Iphan, enquanto instituição nacional e estadual teve no recebimento do título. Este é um reconhecimento justo de toda a equipe que se empenhou no desenvolvimento de ações de preservação daquela Praça. Por isso faço essa entrega com muita alegria e honra”, frisou o secretário.

Terezinha Oliva, superintendente do Iphan, agradeceu a homenagem e ressaltou que o trabalho executado pelo Instituto no recebimento deste título foi uma ação integrada. “Sergipe tem 27 bens tombados pelo Iphan, entre os quais dois sítios urbanos – São Cristóvão e Laranjeiras; e um bem registrado como Patrimônio Cultural do Brasil – o saber fazer renda irlandesa. Temos também um Patrimônio Mundial que é a Praça São Francisco. Esse diploma é símbolo desse compartilhamento. O título foi resultado de um trabalho conjunto, entre Iphan, Prefeitura de São Cristóvão, Governo do Estado e comunidade”, disse.

Presenças

Estiveram presentes na solenidade: o secretário adjunto de Estado da Cultura, Marcelo Rangel; a superintendente do Iphan/SE, Terezinha Oliva; a diretora da Biblioteca Pública Epifânio Dória, Sônia Carvalho; o vice-diretor do Campus de Laranjeiras, Gilson Rambelli; a diretora da Sociedade Filarmônica de Sergipe, Olga Andrade; a secretária de Cultura de São Cristóvão, Aglaé Fontes; o presidente da Sociedade Canoa de Tolda, Carlos Eduardo Ribeiro; o ex-governador do Estado, José Carlos Teixeira; e representando o Conselho Estadual de Cultura, Fernando Soutelo.

Sobre o prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade

Criado em 1987, o Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade é um reconhecimento a iniciativas dedicadas à proteção, preservação e divulgação do patrimônio cultural brasileiro. O nome do prêmio é uma homenagem ao advogado, jornalista e escritor que comandou o Iphan desde sua fundação em 1937, até 1968.

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