Pesquisadoras da Universidade de Brasília constatam que Bolsa Família em Aracaju traz autonomia às mulheres de baixa renda
A pesquisa está sendo realizada pela assistente social Marlene Teixeira Rodrigues e pela psicóloga Simone Garcia, do Grupo de Pesquisa em Gênero, Política Social e Serviços Sociais da Universidade de Brasília. A pesquisa está sendo realizada em 10 cidades brasileiras na perspectiva de avaliar a capacidade de gestão dos municípios e em que medida o programa social tem dado sua contribuição para reduzir a desigualdade de gênero.
Em Aracaju, pelas preliminares apresentadas pelas pesquisadoras, os resultados estão satisfatórios. Entre as cidades que estão sendo analisadas destacam-se quatro capitais e seis municípios das regiões Norte, Nordeste e Sudeste do país. Além de Aracaju, a pesquisa se estende a Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, São Luiz, capital do Maranhão, e Belém, capital do Pará. Também estão sendo pesquisados beneficiários do Bolsa Família na Chapada do Norte, em Minas Gerais, Riachão, no Maranhão, Floriano, no Piauí, Ecoporanga, no Espírito Santo, e Passo de Camaragibe, em Alagoas.
O resultado deverá ser divulgado no próximo semestre. A pesquisa conta com apoio da Organização Não Governamental Agende – Ações em Gênero Cidadania e Desenvolvimento. “A pesquisa privilegia cidades que têm cobertura significativa (no Bolsa Família, que é o caso de Aracaju com mais de 24,8 mil famílias) e um alto percentual de população não-branca”, destaca a pesquisadora Marlene.
Em Aracaju, as pesquisadoras ficaram impressionadas com a estrutura da Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania (Semasc). “É impressionante porque a rede é bem estruturada, tendo a preocupação com o atendimento (aos beneficiários)”, analisa Teixeira. “A Prefeitura aqui tem conseguido implantar o Bolsa Família com sucesso. A cobertura do cadastro é de cerca 98% de famílias necessitadas no município, um percentual muito bom”, observa Simone.
Quanto às famílias, Marlene Teixeira observou que as mulheres criaram maior independência financeira a partir do programa o que, de certa forma, tem provocado conflitos haja vista que a maioria delas sempre viveu submissa ao parceiro. “Há este conflito, mas isso é bastante positivo haja vista que elas passaram a vida toda submissas e hoje têm independência e capacidade de dialogar com os maridos”, ressaltou Marlene.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]