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As questões envolvendo o poder das mídias sociais e seus autores parece ser um tema infinito. Na atualidade se tornou impossível não utilizar Orkut, twitter, Facebook, blog para expressar uma ideia. Avaliando as melhores opções, dentro de um conteúdo teórico atualizado e embasado, é possível para um internauta aprender sobre qualquer assunto. E é exatamente este o foco dado na manhã desta sexta-feira, 7, ao segundo dia do Simpósio do 3º Encontro Cultural de Laranjeiras, que iniciou os trabalhos com uma importante discussão sobre ‘Mídias Digitais na Educação Patrimonial’.

Para compor a mesa de palestrantes, a organização do evento contou com as presenças do oficial de projetos da Unesco, Adauto Soares; a diretora do Instituto Recriando, Joyce Peixoto; a professora da UFS, Carla Rimkus e a representante do Iphan, Márcia Arévalo. Para abrir os trabalhos desta manhã, o público conferiu a apresentação da cantadeira Bernadete da Conceição, e duas acompanhantes de sua família, que mostrou trechos de cantigas folclóricas interagindo com os participantes do evento.

Ligado ao desenvolvimento tecnológico, o conteúdo cultural e todas as manifestações artísticas permeiam milhares de sites do mundo inteiro. Muitas vezes um simples conteúdo, escrito de forma direta e com um foco específico, que prime pela força do poder cultural na sociedade, pode significar muita coisa para alguém que acesse a internet. A secretária de Estado da Cultura, Eloísa Galdino, defendeu a utilização dessas mídias sociais para a disseminação do fazer cultural e explicou que a Secretaria de Cultura de Sergipe está atenta e interligada a tecnologia.

“A mesa da manhã de hoje trouxe várias instituições que apresentou sua visão sobre a utilização das mídias sociais na Educação Patrimonial e mostrou que isso já acontece em diversos setores da sociedade. A Secult, por sua vez, também está antenada com este princípio, afinal tanto nas cidades de Laranjeiras, quanto de São Cristóvão, estamos trabalhando com Cartas Consulta, em que a educação patrimonial está inserida. Além disso, na Secult, nós fazemos uso de todas essas ferramentas de comunicação não só para informar a população do trabalho que realizamos mas, sobretudo, da possibilidade que essas ferramentas tem para que possamos trabalhar o fortalecimento da auto estima e do reconhecimento dos nossos valores culturais”, completou a secretária.

Em seu discurso, Adauto Soares apresentou o painel titulado ‘Mídias Digitais: Comunicação e Informação’ e fez questão de explicar como proceder para a produção jornalística, ou não, de material informativo. “No Brasil temos hoje 18 Patrimônios Mundiais da humanidade, incluindo São Cristóvão, que recentemente recebeu o título. Ainda assim, é preciso que cada pessoa que resolva fazer uma mídia social preste atenção nas escolhas de que ferramentas usar. É preciso identificar o público alvo, assegurar precisão e veracidade dos conteúdos, separar notícias de comentários, obtendo direitos de autores e/ou reprodução, saber que o conteúdo vais ser destinado para pessoas com diversos pontos de vista”, sugeriu Adauto, como forma de construir conteúdo observando determinados parâmetros.

Já a palestrante Joyce Peixoto frisou que para trabalhar as questões midiáticas, englobando a cultura, é preciso que exista também uma preocupação em aproximar as crianças e os adolescentes desses assuntos. Segundo Joyce, basta observar como os jovens utilizam a internet com mais prática e continuidade, deixando as manifestações artísticas quase sempre na margem do aprendizado, apenas como forma de registro.

“Até mesmo dentro deste Encontro, precisamos saber como os jovens pensam essas manifestações? Qual a sua sensação de pertencimento dentro deste evento? Acho que muito antes de pensarmos no trabalho de divulgação em mídia se faz de extrema valia que os jovens tenham embasamento dentro das escolas e centros de aprendizado. No projeto Mídia Jovem do Instituto Recriando trabalhamos o universo sócio-cultural em conversas com os alunos participantes”, relatou. Joyce ainda revelou que durante todos os dias do 36º Encontro Cultural de Laranjeiras, os participantes do Mídia Jovem estarão realizando diversas filmagens com o intuito de produzir um documentário geral do evento, gerando também outras mídias de divulgação.

Importância

As redes sociais têm sido comumente utilizadas pela população de todo o mundo e a área cultural não poderia estar excluída desse processo. Isso demonstra a importância de se debater este conteúdo e estimular os agentes culturais a produzir e catalogar suas raízes e transmiti-las através da tecnologia.

A professora Carla Rimks, por exemplo, chamou a atenção para o uso da tecnologia, mas com emoção. “Nada substitui presenciar uma igreja gótica, com seus nuances. Ver as ruas de Tóquio através da internet nunca vai ser capaz de substituir sentir os cheiros e andar por seus caminhos. Sou professora de arquitetura e friso para meus alunos a importância de usar a tecnologia em prol do patrimônio de forma sempre delicada”, completou.

Já a superintendente do Iphan em Sergipe, Terezinha Oliva, as mídias devem se caracterizar como difusora do pensamento crítico. “Este Simpósio funciona como a consciência do Encontro Cultural de Laranjeiras. Ele traz essa ligação entre as manifestações artísticas e os pensadores. A vinda de estudiosos do Brasil inteiro foi o que manteve esse evento até hoje, mesmo quando era um encontro com as participações de pequenos grupos de especialistas. Por isso, avalio essa discussão em torno das mídias sociais de fundamental importância para o que vamos produzir nos próximos encontros e manifestações culturais em Sergipe”, avaliou.

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