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Sob a regência do maestro Guilherme Mannis, a Orquestra Sinfônica de Sergipe (Orsse) voltou a apresentar na noite desta sexta-feira, 29, na Catedral Metropolitana de Aracaju, a série de concertos especiais do projeto ‘Sons na Catedral’. Para abrir com chave de ouro a série de apresentações, a Orsse convidou o renomado solista Eleilton Cruz – sergipano, atualmente na Orquestra Filarmônica de Minas Gerais e considerado um dos melhores tubistas do Brasil.

A apresentação foi iniciada com variações sobre um tema de Haydn, de Brahms, seguindo com o concerto para Tuba em fá menor, de Williams e dedicado ao principal tubista da Sinfônica de Londres, Philip Catelinet. Finalizando o concerto, a orquestra seguiu com a Suíte do balé ‘O Lago dos Cisnes’, de Tchaikovsky – bastante aplaudida pelo público.

Os concertos na Catedral são uma parceria da Secretaria de Estado da Cultura (Secult) e a Arquidiocese de Aracaju, com patrocínio do Instituto Banese e Banese Card. Possuem livre acesso para todos os tipos de público.

Segundo o maestro Guilherme Mannis, o repertório foi pensado exclusivamente para o local da apresentação que é a Catedral de Sergipe. “Nós decidimos por um repertório que fosse voltado para peças clássicas populares, mas que demonstrasse a total capacidade da Orsse, dando ênfase à produção sergipana. Hoje, representada lindamente por Eleilton Cruz, que é um dos talentos do estado e atualmente tem destaque nacional, desenvolvendo suas atividades no eixo Rio – São Paulo – Belo horizonte”, destacou Guilherme Mannis.

O maestro ainda contou que o convite para Eleilton foi feito em uma apresentação em Minas Gerais, onde pôde conferir de perto o trabalho dele. “O convite foi aceito e hoje ele pôde estar aqui compartilhando seus conhecimentos com a orquestra da terra dele”. Quanto ao público, o maestro disse estar satisfeito com a recepção. ”Nesta noite, tivemos um público caloroso e que compareceu, apesar de ser uma sexta à noite. Espero que esse projeto venha render somente bons frutos para a Secult, que está de parabéns por dar o apoio necessário à Orsse”, frisou.

Um dos momentos mais emocionantes da noite ficou por conta do ilustre convidado, Eleilton, que segundo ele, cantou, tocou e manteve a respiração na música ‘Asa Branca’, de Luiz Gonzaga. “Enquanto você toca, você respira e não pára com a execução do instrumento. Como a tuba é um instrumento muito grave, então eu posso explorar a execução dos harmônicos, que é uma série de notas, em que há uma única nota, dando assim a impressão da formação de acordes. Suei um pouquinho, mas o resultado foi satisfatório”, explicou o tubista.

Exemplo para meninos e meninas estudantes de música em Sergipe, Eleilton afirma que se sente feliz pelo reconhecimento, principalmente na sua terra. “Passei por muitas dificuldades ao longo da minha carreira. No começo não tinha instrumento. Torço para que essas pessoas sejam melhores e que façam trabalhos mais interessantes que o meu. Eu carrego um grão de areia, mas quero que eles carreguem um caminhão inteiro”, orgulhou-se Eleilton.

Público

Para a professora Maria de Fátima Monte, a Orsse é o melhor empreendimento cultural do estado. Emocionada, a professora afirmou que ficou encantada com a ‘Asa Branca’, interpretada por Eleilton. “Considero a música clássica, a melhor expressão sublime de musicalidade, encantamento e mistério”, definiu.

Já para o jovem Luciano Barroso, estudante de Música pela Universidade Federal de Sergipe (UFS), a Orsse vem surpreendendo cada vez mais em suas apresentações. “Vou com frequência aos concertos da Orsse, e sempre há algo novo. Hoje me deparei com a presença desse nordestino chamado Eleilton e que hoje é reconhecido por sua música. Me espelho nele, não por ele ser um tubista, pois toco clarinete, mas por sua história de vida e por tudo que conseguiu ao longo de sua carreira”, elogiou o jovem. 

O convidado

Graduado pela Escola de Música da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Eleilton Cruz obteve o primeiro lugar no concurso Jovens Solistas, em 1998, e, em 2000, no concurso Jovens Cameristas, juntamente com o Grupo Itaratã. Em 2001, concluiu o curso de pós-graduação em Música Brasileira, nível de especialização, pela Escola de Música da Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG). Foi integrante da Orsse e participou de várias bandas de música e conjuntos musicais.

Hoje é tubista da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, professor da Escola de Música do Palácio das Artes, do curso de Extensão da Escola de Música da UFMG e do projeto de Bandas da Secretaria de Cultura de Minas Gerais.

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