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O bicentenário de um dos maiores compositores mundiais, o alemão Richard Wagner, serviu de inspiração para os músicos que compõem a Orquestra Sinfônica de Sergipe (Orsse). Na noite de quinta-feira, 25, eles atraíram centenas de apreciadores da música erudita ao Teatro Atheneu, onde apresentaram um belo concerto que encantou os apreciadores da obra de Wagner.

A temporada 2013 da Orsse é promovida pelo Governo de Sergipe, através da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), e pelo Instituto Banese, com patrocínio do Ministério da Cultura (MinC), através da Lei Rouanet, e do Banese.

Richard Wagner é conhecido por obras como o drama ‘Tristão e Isolda’, uma das primeiras peças que deu passos ao modernismo musical, além de canções, como as óperas ‘Rienzi’, ‘O Navio Fantasma’ e ‘Os Mestres Cantores de Nurembergue’, que fizeram parte do programa dessa apresentação.  Completou o programa a ‘Sinfonia nº 4, em si bemol maior, opus 60’, escrita por Ludwig van Beethoven no verão de 1806, cujos movimentos são: ‘Adagio-Allegro vivace’, ‘Adagio’, ‘Menuetto: Allegro vivace-Trio: um poco meno Allegro’ e ‘Allegro ma non troppo’.

De acordo com o maestro convidado Marcelo de Jesus, titular da Orquestra de Câmara do Amazonas (OCA), que se apresenta pela quarta vez em Aracaju juntamente à Orsse, reproduzir clássicos de Beethoven implica em aderir ao tímpano o caráter solista.

“Para acompanhar o método de Ludwig van Beethoven, colocamos o tímpano, instrumento musical de percussão, no meio da orquestra, o que o torna mais evidente, logo, mais escutado, a fim de que tenha caráter solista. Estratégias como essa torna honrosa minha participação no concerto, já que me vejo diante da possibilidade de trazer um tipo de linguagem musical que não é comumente adaptada em orquestras”, explica o maestro, ao parabenizar os músicos da Orsse por estarem aptos a transmitir o repertório com perfeição.

Bicentenário

Pelo fato de estar em um ano de jubileu de Richard Wagner, a Orsse pretende registrar a contribuição do ilustre compositor à musicalidade mundial, tornando conhecidas algumas de suas obras. “Me identifico bastante com a música clássica e já apreciei vários apresentações de ópera na Alemanha, uma delas ‘A Flauta Mágica’, de Mozart. Não me considero uma avaliadora mais exigente, uma vez que tenho amplas perspectivas quanto ao desempenho da Orsse”, ressalta Eva Maria Correia, 23 anos.

A adesão ao metal progressivo e clássico levou o engenheiro mecânico Henrique Prado, 24 anos, a acompanhar os concertos da Orsse. “Admiro a arte quando expressada musicalmente e a exibição criativa da mesma, como é o caso do trabalho desenvolvido pelos músicos da Orquestra, que pode ser considerada um grande patrimônio cultural do Estado de Sergipe”, assegura o pernambucano, morador de Aracaju há 19 anos.

Esposa do percussionista Júlio Fonseca, integrante da Orsse, Monara Rodrigues é testemunha das inovações que caracterizam o desempenho da Orquestra ao longo das temporadas. “A Orsse tem ganhado maior notoriedade entre os sergipanos e isso tem contribuído bastante para a difusão cultural no Estado. A intenção de trazer um maestro convidado para essa série, que rege uma homenagem a Richard Wagner, é nobre e proporciona o intercâmbio entre os músicos locais e os de outras regiões do Brasil e do mundo. Logo, abrimos espaço para os talentos de fora e até mesmo para uma nova geração de maestros brasileiros, como é o caso do Marcelo de Jesus, e garantimos a conquista de público além dos limites sergipanos”, reflete a jovem.

Sobre o regente

Marcelo de Jesus é o diretor dos Corpos Artísticos do Amazonas, maestro adjunto da Amazonas Filarmônica, maestro adjunto da Orquestra Experimental da Amazonas Filarmônica e diretor artístico adjunto do Festival Amazonas de Ópera (FAO). Tem vasta experiência como pianista no Theatro Municipal de São Paulo e como diretor musical assistente no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Foi pianista e maestro assistentes de grandes nomes da música, como Luiz Fernando Malheiro, Isaac Karabtchevsky, Karl Martin, Siegfried Köhler, entre outros.

O homenageado

Richard Wagner foi o primeiro compositor a dar um passo em direção ao modernismo musical, com o seu drama ‘Tristão e Isolda’, de 1865. Até esta canção não houve uma ópera comparável em grandeza, intensidade, complexidade harmoniosa, arte de instrumentalização emancipada, de sensualidade, força mitológica e imaginação. Ele teve uma vida agitada e seu primeiro êxito foi logrado em Dresden, a ópera ‘Rienzi’. Seguiram-se ‘O Navio Fantasma’, ‘Tannhäuser’ e ‘Lohengrin’.

Wagner também era diretor de teatro e ensaísta. Foi o pioneiro no cromatismo extremo e na rápida mudança dos centros tonais, que muito influenciou no desenvolvimento da música erudita europeia. Wagner conquistou amplo espaço na música, apesar de viver até suas últimas décadas em exílio político, amores turbulentos, pobreza e fuga de seus credores. O impacto de suas ideias pode ser sentido em muitas artes do longo de todo o século XX.

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