[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]“Vou te contar, meus olhos já não podem ver… coisas que só o coração pode entender… fundamental é mesmo o amor… é impossível ser feliz sozinho…”. Quem consegue ouvir uma bossa nova, como ´Wave´ de Tom Jobim, e não pensar no Rio de Janeiro? Impossível não se lembrar da ´Cidade Maravilhosa´. Em cada cantinho da cidade é muito comum ouvir esse ritmo melodioso e contagiante. Mas ouvir a boa e velha bossa nova ao som de 25 sanfonas não é nada comum.

Esse momento aconteceu na noite de ontem, sexta-feira, na 35ª Exposição de Turismo e Congresso Brasileiro de Agências de Viagens – Feira das Américas (Abav) – 2007, durante a apresentação da Orquestra Sanfônica de Aracaju no auditório do Riocentro, com capacidade para cerca de 2.500 pessoas.

Depois do animado cortejo da noite anterior por todo o espaço de 25 mil metros quadrados do Riocentro, do encontro com o cantor Alceu Valença e de ter se tornado a sensação da noite junto com a escola de samba carioca Beija Flor, a apresentação do grupo ontem contagiou o público, formado entidades e autoridades do trade turístico mundial e nacional, como o presidente da Abav Nacional, João Martins, e a coordenadora geral do evento, Isa Garbin, e por milhares de pessoas que visitam a Abav 2007.

O repertório popular e tipicamente nordestino da Orquestra, que tem o apoio da Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA), agradou com canções conhecidas como ´Asa Branca´ e ´Feira de Mangaio´, e surpreendeu o público ao agregar ritmos como o tango argentino, e como não poderia deixar de ser no Rio de Janeiro, o chorinho, e claro, a bossa nova.

Identidade bem representada

A Feira das Américas foi um belo exemplo de como cada Estado brasileiro ou país tem um elemento cultural que caracteriza sua identidade, que torna cada local e cada povo únicos. Com Sergipe não é diferente: o conhecido ´país do Forró mostrou a que veio durante o evento com seu típico forró e sanfonas muito bem representados pela Orquestra Sanfônica. O sergipano mostrou seu valor, apresentando a todos o melhor de sua identidade cultural.

Várias sanfonas que parecem uma só

A apresentação gerou muita expectativa em todos os sanfoneiros, principalmente pela responsabilidade do primeiro contato com o grande público fora de casa e por dividir as atenções da noite com atrações de todos os cantos do mundo.

“Todo o grupo está bastante feliz e emocionado com essa primeira turnê fora do Estado. A ansiedade é grande, mas preparamos um lindo show e vai dar tudo certo”, disse Emanuel Jorge, regente da Orquestra, um dia antes durante um ensaio e passagem de som para que os últimos acordes fossem afinados.

E de fato o show foi um sucesso merecido para esses músicos ´arretados´, que agüentam sem reclamar e sempre com um belo sorriso no rosto o peso da sanfona. Tudo por amor à arte.

A harmonia e a sonoridade promovidas pela interação de 25 sanfoneiros, três percussionistas e um baixista deixou as pessoas emocionadas. O som foi definido por muitos como ´uníssono´, afinal, a sincronia entre os músicos é tão perfeita que as várias sanfonas parecem, para quem escuta, uma coisa só.

Edmilson Rodrigues, da Abav Ceará, ficou o tempo inteiro na primeira fila do auditório e disse que jamais ouviu um grupo de músicas tocando de forma tão afinada. “Estou feliz de ver um trabalho desses representando Sergipe de uma forma tão linda e por saber que a Prefeitura de Aracaju apóia a Orquestra Sanfônica. Espero que o país reconheça esse grupo como um patrimônio cultural”, comenta Edmilson.

Na platéia presente, também foi possível encontrar alguns sergipanos, como é o caso de Rosane Prado, que estava orgulhosa por ver a Orquestra representando tão bem sua cidade, Aracaju, e também seu Estado. “Estou muito orgulhosa de ser sergipana e de ver essa linda apresentação da nossa orquestra aqui no Rio de Janeiro. Espero mesmo que todas as pessoas que estão aqui se encantem da mesma forma que eu estou contagiada pelo som de todas essas sanfonas”, diz a empresária.

Na metade do show, todo mundo que estava presente não se rendeu, levantou e começou a dançar um forró e a arriscar uns passos de quadrilha. O imenso auditório do Riocentro se transformou num grande arraial fora de época.

Orquestra mostra que veio para ficar

Essa experiência fora do Estado e a aceitação do público de todos os cantos do mundo demonstram que os nossos sanfoneiros vieram para ficar. A Orquestra, lançada na abertura dos festejos juninos da cidade de Aracaju – Forró Caju 2007 -, é mantida pela Prefeitura por intermédio da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Esportes (Funcaju).

Uma experiência pioneira que ao mesmo tempo valoriza o forró como elemento expressivo da identidade cultural aracajuana e, também, amplia a visibilidade dos sanfoneiros no mercado musical à medida que valoriza o trabalho dos músicos, não só durante os festejos juninos, mas ao longo do ano, uma amostra permanente da cultura popular Sergipana e nordestina através da música.

Últimas apresentações

Hoje, dia do encerramento da Abav, a Orquestra Sanfônica de Aracaju, faz um grande cortejo musical seguido de apresentação no estande de Sergipe. Amanhã, domingo, acontece um momento que promete marcar a história da Orquestra: a apresentação no Centro Municipal Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas, na Feira de São Cristóvão, às 17 horas.

Considerada o ´maior Nordeste fora do Nordeste´, a feira reúne há 62 anos uma grande diversidade cultural desta região e atrai cerca de 250 mil visitantes por mês, em um ambiente de sociabilidade, integração e aproximação de pessoas de várias camadas sociais, que se encontram para compartilhar o mesmo gosto pela cultura nordestina.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text] [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

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