Novo sistema de purificação reduz em 47% a despesa com água no Lacen

Com a aquisição de um sistema de purificação de água por osmose reversa, o Laboratório Central de Saúde Pública de Sergipe (Lacen) reduziu em mais de 47% a despesa com o consumo de água. Até o mês de junho, antes da instalação do equipamento, o custo com o consumo de água girava em torno de R$ 19 mil, valor que foi reduzido para R$ 10 mil. O novo aparelho permite ainda a reutilização de toda a água consumida, sem desperdícios.

Os purificadores que utilizam o sistema de osmose reversa retiram da água microorganismos, contaminantes químicos e minerais. A eficiência destes equipamentos é muito alta, podendo eliminar 99,5 a 99,9 % das impurezas. Para o processo é utilizada uma membrana semipermeável microporosa que retém a maior parte dos sais minerais e nutrientes quando a água bruta passa por ela.

Segundo o diretor administrativo do Lacen, Marcelo Henrique Freitas, a economia é expressiva. "Já percebemos o resultado no primeiro mês. Antes, para a produção de cada litro de água destilada [purificada], 50 litros de água normal eram descartados. Com o novo sistema, a água agora é deionizada, ou seja, mais pura que a destilada. Sendo assim, para cada litro de água deionizada, descartamos apenas três de água normal", explicou.

O engenheiro químico e gerente do Laboratório Operacional do Lacen, Rubevan Félix Melo, destaca que os três litros de água que restam do processo são reutilizados para a limpeza da unidade. "Não há desperdício. A água é totalmente reaproveitada", comenta, acrescentando que a iniciativa também vai reduzir o consumo de energia elétrica.

"Para processar toda a água que utilizamos nos laboratórios, o destilador consumia de seis a oito horas de energia diariamente. Com o novo equipamento, conseguimos realizar esse processo em pouco mais de duas horas. Ou seja, não desperdiçamos mais e ainda teremos uma redução significativa nas despesas com água e energia elétrica", acrescenta o engenheiro químico Rubevan.