[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]

A aposentada Maria Ivonete Souza, 68 anos, não cansa de lutar contra os efeitos colaterais provocados pelos medicamentos para o tratamento da Aids. Portadora do vírus HIV há 20 anos, quando adquiriu a doença do marido infectado através de uma transfusão de sangue, a aposentada já fez uso de 480 aplicações de injeção e hoje toma 19 comprimidos antiretrovirais.
 
Dona Maria Ivonete foi uma das 30 participantes do II Encontro Estadual das Cidadãs PositHIVas, finalizado no último sábado, 27, no auditório do SEST/Senat, em Aracaju. O evento, promovido pela Rede Mulheres Cidadãs PositHIVas com apoio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), teve como objetivo o estabelecimento de metas que melhorem a saúde da mulher soropositiva.
 
“A luta é pela qualidade de vida das mulheres que vivem com HIV/Aids e que sofrem com os problemas causados pela medicação forte. Eu, por exemplo, tive aumento da musculatura no rosto, ombro e coluna cervical, além de perda do movimento dos membros inferiores”, disse a aposentada, acrescentando que, mesmo assim, não desiste de chamar a atenção das autoridades científicas para que ajudem a minimizar esses efeitos.
 
“É preciso combater a problemática que surge com o uso dos antiretrovirais. Em muitas mulheres que vivem com Aids, aparecem nódulos nos seios e ovários, por isso orientamos e as encaminhamos para fazer os exames periódicos de prevenção, de seis em seis meses”, completou Maria Georgina Machado, coordenadora da Rede Mulheres Cidadãs PositHIVas.
 
Para o médico Almir Santana, gerente do Programa Estadual de DST/Aids, o evento representou a oportunidade de discutir as questões relacionadas ao tratamento e à adesão das soropositivas ao uso da camisinha e dos medicamentos. “É um momento de troca de informações e de integração em prol de uma causa que é a melhoria da qualidade de vida dessas mulheres”, defendeu Almir Santana.
 
Durante o encontro, realizado em três dias, foram discutidos temas como a violência contra a mulher, a discriminação, o alto número de casos da doença em mulheres, principalmente casadas, a geração de renda, a melhoria da assistência e do tratamento, dentre outros assuntos. Como resultado, o grupo de cidadãs elaborou um documento final, onde estão traçadas as diretrizes e a agenda de compromissos para este ano.

[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text] [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Comments are closed.