Maternidade forma instrutores em reanimação neonatal

Nesta terça-feira, 31, pediatras da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL) participaram de um curso para formação de instrutores em reanimação neonatal. A capacitação tem o objetivo de fortalecer a assistência na unidade de alto risco e reduzir a mortalidade infantil.

“Muitas questões de saúde no país avançaram muito, mas o que pouca gente sabe é que os índices de mortalidade infantil também estão associados a casos de asfixia, quando, por exemplo, falta oxigênio no cérebro do bebê durante o parto. Com esse treinamento, os médicos terão mais segurança no ato de salvar vidas,” explicou o neonatologista e coordenador de reanimação neonatal da Sociedade Sergipana de Pediatria, Lúcio Novais.

Método

Durante o curso, os participantes acompanharam as explanações teóricas, com a aplicação de questionários sobre o assunto e, em seguida, foram estimulados à colocar em prática os novos conhecimentos adquiridos. Para a pediatra Klebiana Santos que atua na Ala Azul, onde funciona o alojamento conjunto para mães e bebês, a iniciativa só engrandece o serviço.

“Depois dessa etapa, seremos multiplicadores de informações capazes de repassar para outros profissionais do Estado. Até no dia a dia poderei orientar os profissionais de enfermagem, pois o trabalho em equipe é fundamental“, informou Klebiana.

Estudos

Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, no Brasil nascem cerca de três milhões de crianças ao ano, das quais 98% em unidades hospitalares. Mesmo apresentando boa vitalidade, as manobras de reanimação podem ser necessárias de maneira inesperada.

Ao nascimento, um em cada 10 recém-nascidos necessita de ventilação com pressão positiva para iniciar e/ou manter movimentos respiratórios efetivos; um em cada 100 neonatos precisa de intubação e/ou massagem cardíaca; e um em cada 1.000 requerem massagem e medicações, desde que a ventilação seja aplicada adequadamente.

Estima-se que, no país, a cada ano, 300.000 crianças necessitem de ajuda para iniciar e manter a respiração ao nascer e cerca de 25.000 prematuros de baixo peso precisem de assistência ventilatória na sala de parto.