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A literatura de cordel é uma espécie de poesia popular que é impressa e divulgada em folhetos ilustrados com o processo de xilogravura. De origem portuguesa, possui este nome, pois, em Portugal, eram exibidos ao povo prendidos em cordões, estendidos em pequenas lojas de mercados populares ou até mesmo nas ruas.

No Brasil, chegou no século XVIII, através dos portugueses. Tornou-se popular, principalmente, na região Nordeste do Brasil e ainda são bastante vendidos em lonas ou malas estendidas em feiras populares. Foi através desta literatura que muita gente foi instruída no interior do país. “O meu maior orgulho é saber que muita gente aprendeu a ler através dos meus cordéis”, relatou o escritor de cordel sergipano João Firmino Cabral.

De custo baixo, geralmente estes pequenos livros são vendidos pelos próprios autores. Segundo João Firmino Cabral, que tem 55 anos fazendo cordéis e os vendendo no mercado central de Aracaju, a produção é lenta. “Escrevo de três a quatro livros por ano e fico realizado ao saber que as pessoas procuram bastante os meus livros e por saber que a existência dos meus livros é considerada uma importante fonte de memória popular”, conta. Este sucesso ocorre em função do preço baixo, do tom humorístico e também por retratarem fatos da vida cotidiana da cidade ou da região. “Os principais assuntos retratados nos livretos são; festas, política, secas, disputas, brigas, milagres, vida dos cangaceiros, atos de heroísmo, milagres, morte de personalidades etc”, explica João Firmino Cabral.

Vários escritores nordestinos foram influenciados pela literatura de cordel. Dentre eles podemos citar João Cabral de Melo, José Lins do Rego e Guimarães Rosa. Um dos poetas da literatura de cordel que fez mais sucesso até hoje foi o pernambucano Leandro Gomes de Barros, campeão absoluto de vendas com muitos folhetos que ultrapassam a casa dos milhões de exemplares vendidos e compôs obras-primas que eram utilizadas em obras de outros grandes autores como, por exemplo, Ariano Suassuna, que utilizou a história do cavalo que estercava dinheiro no seu Auto da Compadecida.

Na maioria das vezes, não se conhece os autores reais deste tipo de literatura e, acredita-se que muitas destas estórias são modificadas com o passar do tempo. Muitas vezes, encontramos o mesmo conto ou lenda com características diferentes em regiões diferentes do Brasil. “Estou comprando o meu primeiro livro de cordel aqui em Sergipe”, disse a turista carioca Maria Bonfim. O grande interesse da turista surgiu por conta da novela global Cordel Encantado. “foi assistindo a saga dos cangaceiros na novela e todo encantamento dos personagens que fiquei curiosa em conhecer os cordéis”, contou a carioca.

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