Libertação
“Hoje, fico emocionado ao ler com minhas próprias mãos a beleza de uma poesia, viajar no enredo de um conto e ficar informado de um pouco de todo o conhecimento que a humanidade produziu em milênios. Isto é minha vida”, relata.
No outro extremo do público atendido, o pequeno Elton Ramos, de apenas cinco anos, vindo do município de Siriri duas vezes por semana, dá os primeiros passos na sala de estimulação participando do processo de pré-alfabetização. “Ele está na fase de desenvolvimento da percepção com instrumentos que auxiliam na evolução da coordenação motora fina. Isto será necessário para que ele desenvolva o tato necessário para a leitura da escrita em Braille”, afirma a professora Gleide da Cruz, que possui 27 anos de experiência no magistério, além de capacitação para o ensino especial com formação pelo Instituto de Cegos da Bahia, uma das entidades com as quais a Secretaria de Educação desenvolve parcerias para capacitação de pessoal.
“Nesta fase, o atendimento deve ser personalizado e individual para que o aluno consiga desenvolver com segurança formas de percepção que serão vitais para ele no futuro”, explica a professora. No caso de Elton, a exemplo de outros alunos da mesma faixa etária, a mãe também recebe capacitação aprendendo a trabalhar com o braille para poder orientar as atividades do filho em casa.
O CAP também desenvolve práticas de orientação e mobilidade, onde os alunos aprendem todas as técnicas necessárias para circular pela cidade com segurança. “Eles treinam circulando pelas ruas da cidade e nos shoppings, aprendendo a detectar situações de risco e a lidar com os obstáculos existentes na rua. Isso é fundamental para sua independência e elevação da auto-estima”, revelou a diretora Margarida Teles.
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- Libertação – Fotos: Márcio Garcez