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O governador de Sergipe, Marcelo Déda, ofereceu um jantar na noite desta quinta-feira, 22, no Palácio de Veraneio, em comemoração aos 90 anos do ex-governador de Sergipe João de Seixas Dória. Acompanhado da esposa Mary Mesquita, dos dois filhos e dos netos, Seixas Dória foi homenageado por sua trajetória de luta a favor da democracia no país e em Sergipe. Além dos ex-governadores Celso de Carvalho, Antônio Carlos Valadares e Albano Franco, o ministro da Defesa, Valdir Pires, também veio especialmente a Aracaju para representar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a homenagem. Familiares, amigos e os principais representantes dos poderes dos mais altos órgãos do Estado também estiveram presentes à festa.

?A sua história é patrimônio do Brasil e do nosso Estado. Por isso esse não é só um dia especial para o senhor, mas também para Sergipe. Esse jantar foi a maneira especial que o Governo do Estado achou para homenagear o homem público que para todos nós é referência de dignidade, de coragem e de lealdade dos que crêem na democracia?, afirmou, durante o brinde ao aniversário, o governador Marcelo Déda, ao lado da primeira-dama, Eliane Aquino.

Déda ressaltou também a importante influência que o ex-governador Seixas Dória exerceu nas gerações que acompanharam sua trajetória histórica como político de esquerda e de idéias nacionalistas ao assumir o Governo de Sergipe entre 31 de janeiro de 1963 a 2 de abril de 1964, quando foi deposto, cassado e preso pelo golpe militar. "Estamos todos aqui para te dar parabéns, mas para lhe dizer também muito obrigado pelo exemplo que deu a esse Estado e à minha geração ao mostrar que a política, como arma das mudanças, é indispensável ferramenta para justiça social e felicidade coletiva", disse o governador.

Emoção

Emocionado com a homenagem, o ex-governador Seixas Dória reafirmou durante o jantar sua crença na luta contínua pelos ideais democráticos do país e sua paixão por Sergipe. "A minha geração crê nas potencialidades do Brasil. Acredito nas mudanças para o nosso Estado, creio na mocidade e me sinto um jovem aos 90 anos de idade. Continuo jovem porque não perdi a capacidade de sonhar".

Companheiro de geração de Seixas Dória e de luta pela redemocratização do país a partir do golpe de 1964, o atual ministro da Defesa e ex-governador da Bahia, Waldir Pires, convidado para as homenagens, também destacou o papel do aniversariante como referência histórica da República no Brasil. "Seixas Dória é um modelo de resistência, de um trabalho consistente a favor dos interesses de Sergipe e do Brasil. Mais do que nunca, é desse tipo de referência de luta que precisamos", disse Pires.

Fotos: André Moreira/ASN

Estiveram presentes ao jantar o presidente do Tribunal de Justiça, Artêmio Barreto, o prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira, a presidente do Ministério Público de Sergipe, Maria Cristina da Gama e Silva Foz Mendonça, o desembargador Luiz Mendonça, além do presidente da Câmara de Vereadores de Aracaju, Sérgio Góes. Também participaram como convidados os irmãos Tarcísio e Luiz Teixeira, da Construtora Norcon, os deputados federais Jackson Barreto e Valadares Filho, o deputado estadual Rogério Carvalho, representando a Assembléia Legislativa, e secretários de Estado. Nesta sexta-feira, 23, o governador Marcelo Déda participa da Missa em Ação de Graças aos 90 anos de Seixas Dória, às 19h, na Catedral Metropolitana.

Biografia

João de Seixas Dória nasceu em 23 de fevereiro de 1917, em Propriá. Tornou-se referência na histórica política de Sergipe ao derrotar o grupo oligárquico de Leandro Maciel na eleição de 1962 ao Governo de Sergipe e implementar no Estado, entre 31 de janeiro de 1963 e março de 1964, um projeto de esquerda em defesa dos interesses nacionais, pela reforma agrária e pela luta de base. No golpe militar de 1964, foi deposto, cassado e ficou preso por cinco meses em Fernando de Noronha, junto com o então governador de Pernambuco, Miguel Arraes.

Bacharel em Direito, Seixas Dória foi deputado estadual constituinte pela União Democrática Nacional (UDN), em 1947. Em 1950 foi reeleito para Assembléia e exerceu, mais uma vez, a liderança da UDN e da oposição. A partir de 1954, ganharia projeção nacional ao se tornar um dos oradores de maior destaque na Câmara Federal. O discurso com idéias nacionalistas, em defesa da moralidade pública e na proteção da riqueza nacional, principalmente do petróleo, lhe renderia um segundo mandato como deputado federal em 1958.

Depois do golpe militar, Seixas Dória teve seus direitos políticos suspensos por dez anos, a partir de 1966. Com a redemocratização, ingressou no MDB e assumiu a suplência do mandato de deputado federal a partir de 1982. Foi assessor especial da Presidência da República no Governo de José Sarney. É membro da Academia Sergipana de Letras e autor do livro "Eu, réu sem crime", sobre os fatos que envolveram sua prisão ilegal durante o golpe militar.

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