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O toque melancólico da corneta dá o tom das honras militares de estilo destinadas aos chefes de Estado. Assim como assegurou a todos os seus antecessores falecidos, também foi assegurado ao governador Marcelo Déda às homenagens do cerimonial militar que marcaram a chegada do seu corpo, na tarde desta segunda-feira, 2 de dezembro. Às 16h, o avião da Força Aérea Brasileira aterrissou no aeroporto  Santa Maria, trazendo o esquife e os familiares do governador Marcelo Déda, incluindo a primeira dama, Eliane Aquino, as três filhas do primeiro casamento, e os filhos mais novos, João Marcelo e Matheus.

Perfilado na pista, ao lado de diversas autoridades estaduais, o governador em exercício, Jackson Barreto, não conteve as lágrimas e declarou todo o seu sentimento de pesar pelo passamento precoce do governador Marcelo Déda, aos 53 anos. “Eu diria que este é um momento muito dolorido para o povo sergipano e para o povo brasileiro. Ele, como um líder de dimensão nacional, foi um político fundamental para a transição do país para a democracia. Ele deu a sua contribuição, foi um grande administrador. Um homem culto, preparado, de uma oratória brilhante, que fez uma boa administração como prefeito da capital, o que o qualificou para ser governador do Estado por duas vezes, sempre eleito no primeiro turno. Ele deixa uma lacuna muito grande na vida pública de Sergipe e do Brasil”, sentenciou o governador em exercício.

Após o desembarque dos familiares e amigos que vieram no mesmo voo, ocorreu o ato solene de desembarque do esquife com o corpo do governador. Conduzido por oficiais da Polícia Militar de Sergipe que lhe serviram por anos, tanto como ajudantes de ordens, quanto como integrantes do Gabinete Militar. Transportaram o esquife os tenentes Vinícius, R.Júnior, Cruz, Alzot e Erick Lima, o capitão Alessandro, o major Neto e o tenente-coronel Eduardo, sub-chefe do Gabinete Militar do Governo do Estado. Os oficiais transportaram o caixão até a viatura do Corpo de Bombeiros que trouxe o corpo, em cortejo, até as dependências do Palácio-Museu Olímpio Campos.

Legado

Para Jackson Barreto, o legado de ética e honradez elevam a responsabilidade de se conduzir a administração estadual. “Este é um momento onde fica marcada a sua trajetória política de honestidade, integridade, trabalho e, acima de tudo, o seu ideal pela democracia e seu compromisso com as classes mais pobres. É um momento muito difícil para nós, uma situação de complexa explicação. Para nós cristãos, vale os ensinamentos deixados por Jesus que dizia: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Aquele que crê em mim, mesmo morrendo, viverá”. É dessa forma que eu vejo a trajetória de Marcelo Déda”, declarou o governador em exercício.

O governador também contextualizou o apelo que lhe fora feito por Marcelo Déda, quando do seu último encontro, ainda no hospital, onde o governador questionou sobre o andamento da agenda de governo. “Ele me perguntou se eu estava inaugurando as obras do nosso Governo. Me pediu que continuasse a fazê-lo, mostrando ao povo sergipano o que fizemos em favor da gente do nosso estado”, sentenciou Jackson Barreto.

Para o vice-prefeito da capital, José Carlos Machado, que representou o prefeito João Alves no ato solene, destacou os reflexos dessa perda no contexto político sergipano, regional e nacional. “Marcelo Déda era um estadista. Mesmo militando em correntes antagônicas do ponto de vista político, conseguíamos manter um bom relacionamento, respeitoso e cordial. É, sem dúvida, uma grande perda para Sergipe e para o Brasil”, afirmou.

Já a presidente da Assembléia Legislativa, deputada Angélica Guimarães, referiu-se a Marcelo Déda como um “exemplo de homem público”. “Ele era um homem honrado, íntegro, um cidadão sergipano que contribuiu muito com a vida de toda a nossa população. Ele era um homem público que foi deputado estadual, deputado federal, prefeito da capital por dois mandatos e estava no segundo mandato no Governo do Estado. Ele nos deixa precocemente, já que teria muito ainda a contribuir com todo o Estado de Sergipe e também a todos os brasileiros.

Participação

Estavam no aeroporto, além de diversos familiares, o senador Antônio Carlos Valadares, os deputados federais Valadares Filho, Márcio Macêdo, Almeida Lima e Fábio Reis, diversos deputados estaduais, secretários de Estado, prefeitos e vereadores de diversos municípios, o chefe do Gabinete Militar, coronel Carlos Augusto Bispo, que estava ao lado dos oficiais que carregaram o caixão, além de uma presença maciça da população aracajuana, representantes de movimentos populares e agremiações partidárias.

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