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De acordo com o último levantamento dos casos atendidos no Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), maior unidade hospitalar do Estado, quase 90% dos atendimentos é referente à Atenção Primária, ou seja, deveriam ser tratados nas Unidades Básicas de Saúde.

Estruturado para atender 24 horas por dia, o Huse tem a missão essencial de realizar atendimentos de urgência e emergências clínicas, cirúrgicas e oncológicas, além de ser a única com Unidade para Tratamento de Queimados (UTQ). Além desses serviços, o hospital também possui a especialidade de endoscopia digestiva, neurocirurgia, otorrinolaringologia, oftalmologia, cirurgia bucomaxilofacial, nefrologia e o serviço de hemodiálise.

O diretor técnico do Huse, Augusto César Esmeraldo, prevê que 89% dos pacientes atendidos têm perfil para Unidades Básicas de Saúde e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), ou seja, que deveriam procurar o serviço disponibilizado nos municípios.

“Mesmo com toda a nossa estrutura e referência para os casos de alta complexidade, ainda chegam pacientes com gripe, dor de barriga ou mesmo unha encravada. Além disso, e por sermos um serviço público de saúde de referência, também recebemos pacientes do interior da Bahia e Alagoas”, revela.

Dados da Fundação Hospitalar de Saúde (FHS) mostram que de janeiro a abril deste ano, 1.432 casos foram de pacientes com vômitos, 440 torção de membros inferiores, 170 com dor no pé, além de vítimas do alcoolismo e cólica menstrual. Para os casos de alta complexidade, de fato, os números constatam que foram recebidas 742 vítimas de acidentes motociclísticos e 428 por agressão física.

O presidente da Fundação Hospitalar de Saúde, Marcelo Vieira, afirma que esse atendimento de atenção básica com custo de alta complexidade eleva as despesas na unidade e inviabiliza o planejamento de abastecimento. “Para se ter uma ideia, gastamos, só com o Huse, algo em torno de R$ 27 milhões por mês. O Ministério só destina para Sergipe R$ 32 milhões por ano, para toda a rede hospitalar. Essa é uma conta que nunca fecha. O que estamos fazendo é pactuando e estabelecendo fluxos de forma a redirecionar, encaminhando pacientes para os locais mais indicados para cada caso, dentro da nossa rede”, esclarece o diretor.

Diagnóstico

Como forma de desafogar o Huse, e também otimizar o sistema, Augusto César Esmeraldo fala ainda da importância dos municípios cumprirem com o papel e da população buscar o serviço mais próximo de casa, respeitando as complexidades dos casos.

“Apesar de termos algumas carências no sistema, não tem como vencer toda essa demanda. Precisamos conscientizar que o Huse seja uma porta regulada de atendimento. Cabe ao gestor municipal cumprir com seu papel, que serve até como uma Medicina Preventiva e consequente menor gasto público. Também é preciso que o cidadão tenha a consciência de primeiro buscar a Clínica de Saúde da Família”, pontua.

O diretor técnico explica que a Atenção Básica, ou a baixa complexidade, são os serviços oferecidos pelas UBS. O usuário deve procurar esse atendimento, que serve como porta de entrada para o SUS, para que, assim, seja classificado o tipo de assistência necessária. Já nos finais de semana, quando as UBS estão fechadas, a pessoa pode procurar uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), ou as Clínicas de Saúde da Família 24 horas ou os Hospitais Regionais.

Níveis de Atendimento.

O atendimento secundário, ou de média complexidade, atende aos casos de Urgência e Emergência. Nesse tipo de atenção, enquadra-se o atendimento de clínicas médicas, pediátricas, consultas ambulatoriais eletivas e especialidades, se necessário, são direcionadas para as Upas e Hospitais Regionais. A última instância refere-se à Atenção Terciária, ou de alta complexidade, que atende os casos mais graves, incluindo internações, cirurgias, partos de risco, especialidades e assistência em Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

 

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