Hemofílicos recebem atendimento odontológico especializado no Hemolacen

Os portadores de hemofilia atendidos pelo Centro de Hemoterapia e Laboratório Central de Saúde de Sergipe (Hemolacen) contam com atendimento odontológico especializado. Ao agilizar a prestação do serviço, o setor de odontologia tem contribuído para diferenciar com maior precisão os pacientes que necessitam apenas de tratamento ambulatorial comum daqueles que precisam da terapia de reposição do fator de coagulação sanguínea (substância aplicada para recuperação de proteínas plasmáticas).

O trabalho ajuda a minimizar os investimentos na compra do fator de coagulação e gera uma economia de recursos, que podem ser aplicados pela equipe do Hemolacen em outras áreas. Além disso, a utilização de métodos de hemostasia local, tais como o uso de selantes de fibrina, suturas, splints e simples plásticos, tem possibilitado a realização de procedimentos cirúrgicos cada vez mais seguros para os pacientes.

O cirurgião-dentista faz parte de uma equipe multidisciplinar que inclui médicos, hemoterapeutas, assistentes sociais, enfermeiros, auxiliares, biomédicos, fisioterapeutas e farmacêuticos. Em Sergipe, existem 76 hemofílicos cadastrados no Hemolacen, a maioria residente no interior do Estado.

Atendimento

De acordo com o cirurgião-dentista Camilo Tavares, responsável pelo setor odontológico do Centro de Hemoterapia, o atendimento aos portadores de hemofilia engloba não apenas ações de tratamento dentário, mas também orientações educativas. “Nós explicamos como fazer a escovação correta, a melhor maneira de realizar a higiene bucal”, conta.

Das coagulopatias hereditárias, a hemofilia é uma das mais comuns e a mais conhecida. Ela ocorre devido à falta ou mau funcionamento dos fatores de coagulação VII (hemofilia A) ou do fator IX (hemofilia B). No Brasil, há cerca de sete mil pacientes portadores de hemofilia, mas estima-se que muitos outros ainda não tenham diagnóstico ou não tenham sido cadastrados.

Fotos: Márcio Garcez/Saúde