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Com a finalidade de preparar os técnicos dos Centros de Referências de Assistência Social (Cras) e Especializados (Creas) para a inserção dos moradores de rua no Cadastro Único (CadÚnico), a Secretaria de Estado da Inclusão, Assistência e Desenvolvimento Social (Seides) promoveu a oficina intitulada “CadÚnico e População em Situação de Rua”. O evento aconteceu no auditório Sergipe Mais Justo, na sede da secretaria no dia 30 de novembro.

O principal assunto discutido pelos palestrantes foi a forma de identificação e abordagem ao referido grupo, assim como, a orientação para o cadastramento do mesmo. Os índices evolutivos na inclusão de moradores de rua nas atividades sociais já realizadas pela Rede de Proteção Social do Estado e Prefeitura também foram temas discutidos durante a oficina.

Durante a primeira palestra o coordenador Estadual do Programa Bolsa Família (PBF), José Carlos Passos, fez uma explanação dos critérios de inclusão social para as pessoas em situação de rua no CadÚnico, apontando para a necessidade da abordagem diferenciada. Ele explicou que o levantamento desse público deve ser realizado através de aproximação, escuta e diálogo.

“O termo mendigo pode parecer ofensivo e deve ser evitado. A abordagem é diferente, mas o preenchimento do formulário principal deve ser feita da mesma forma que é feita com pessoas que não vivem em situação de rua”, comentou o coordenador. Ele ainda continuou especificando os itens do formulário suplementar, respondido de acordo com as informações adquiridas do formulário principal.

O educador social do Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro Pop), Edilberto Souza, realizou uma dinâmica de grupo; uma reflexão baseadas em quatro perguntas: ‘Quem sou eu?’, ‘de onde venho?’, ‘o que trago?’ e ‘quais são meus sonhos?’.

“Nós temos um dificuldade imensa de buscar saber quais os anseios dos moradores de rua. Achamos que eles estão naquela situação porque quiseram e não têm sonhos”, disse Edilberto. Para ele a abordagem aos moradores de rua precisa ser menos intimista. “É tentar criar laços e conseguir fazer cadastro. 81 pessoas já foram inseridas no CadÚnico e 27 recebem o Bolsa Família”, afirmou.

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