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Dando continuidade ao programa ‘Saúde Integral’, que tem levado palestras educativas, vacinações e exames para os funcionários, a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) promoveu a apresentação de uma peça teatral divertida, e ao mesmo tempo emocionante e esclarecedora, sobre o alcoolismo. O auditório da biblioteca recebeu dezenas de servidores nesta quarta-feira, 26, para acompanhar ‘A Incrível História de Orlandino Pingucino’, um texto de Virgínia Lúcia adaptado pelo Grupo Oxente de Teatro. O Serviço Social da Indústria (Sesi) foi mais uma vez parceiro da Cohidro neste evento.

De forma bem-humorada, a montagem teatral expôs a relação de Orlandino Pingucino com o álcool. O rapaz chega a gastar todo o salário no consumo de bebida alcoólica. O vício reflete em problemas no trabalho e na casa do protagonista. Orlandino se torna um marido violento que chega a bater na esposa por não aceitar sua ajuda. “Não agüento mais essa vida. Nosso romance acabou. Vou sair de casa”, diz a mulher inconformada com a dependência de Pingucino.

O tema, apresentado na forma de comédia pela companhia teatral, ganhou mais seriedade no decorrer da apresentação. Em alguns momentos, o público foi convidado a debater sobre o alcoolismo e também trocar experiências pessoais. Todos chegaram à conclusão de que a dependência química é uma doença, e o alcoólatra precisa ter consciência do problema e força de vontade para enfrentar a situação, além do apoio da família, dos amigos e colegas de trabalho.

Para o ator Edmilson Suassuna, que interpreta o Orlandino Pingucino, o objetivo da montagem é levar o público a uma reflexão e uma possível busca pela transformação. “A peça traz uma história do cotidiano de forma bem lúdica e interativa, com o objetivo que as pessoas se reconheçam nos personagens e se enxerguem nessa situação, ou mesmo a realidade vivida por pessoas próximas a elas. Essa identificação gera uma reflexão posterior que é o primeiro passo para a mudança dos costumes, neste caso, o início da luta para deixar o vício”, declarou Suassuna.

A estagiária Aryane Silva diz que nunca conviveu com o problema, mas se identificou com a temática e aprendeu uma lição. “A peça fez com que eu me colocasse no lugar de quem passa por essa situação. Tenho uma amiga que tem o pai alcoólatra, e nunca tinha parado para pensar sobre como ela se sentia em relação a isso. Agora sei que o alcoolismo deve ser tratado como uma doença e tem tratamento, mas precisa do apoio de todos que estão em volta”, afirmou Aryane.

Além das conseqüências mais diretas do uso abusivo do álcool, outros danos também foram apontados, a exemplo do contágio por doenças sexualmente transmissíveis, e os acidentes de trânsito decorrentes da combinação irresponsável entre bebida e direção. “Uma pessoa querida, que sempre bebia muito, se envolveu em um acidente na estrada após ter consumido bastante bebida. Neste dia, ele escondeu a chave do carro para que os amigos não pegassem dele. Foi uma morte anunciada. E além de acabar com sua vida, tirou a de outra pessoa que também morreu na colisão”, revelou a técnica do Núcleo de Saúde e Segurança Ocupacional do Sesi, Simone Lara.

Márcia Nascimento, chefe da Divisão de Bem Estar Social da Cohidro (Dibem),  responsável pelo programa ‘Saúde Integral’ junto com a Divisão de Desenvolvimento Humano (Didhu), ficou satisfeita com a repercussão entre os funcionários. “Todos se mostraram interessados tanto à peça quanto ao debate. O objetivo era despertar a conscientização dos servidores sobre esse mal lícito que é a bebida. O alcoolismo é uma doença e tem tratamento, e é importante que todos saibam disso. Nós estamos aqui para ajudar uns aos outros”, enfatizou Márcia.

Exemplo de superação

De todos que acompanharam a peça, uma pessoa, em especial, se identificou e se emocionou com o tema mais do que os outros. Há dez anos o auxiliar de serviços gerais, José Domingo de Jesus, encerrou uma história triste de mais de três décadas sob a dependência do álcool. “Durante 33 anos eu bebi muito, muito mesmo. Acordava e, ao invés de ir trabalhar, ia direto para o boteco. E quando eu bebia, ficava violento. Minha família não agüentava mais, e o trabalho não rendia. Eu descontava todos os problemas e frustrações na bebida”, relata seu Domingos.

Mas, com o auxílio da empresa onde trabalha desde a fundação, o auxiliar de serviços gerais conseguiu abandonar o vício. “No final do ano 2000 a Cohidro custeou um tratamento de dez meses para mim e mais dois colegas em uma casa de reabilitação em São Bernardo do Campo, São Paulo. Desde então, nunca mais ingeri uma gota de álcool e travo uma batalha diária para não beber o primeiro gole. O alcoolismo não tem cura, mas tem tratamento, e o alcoólatra pode levar uma vida normal. Mas ele tem que ter consciência de que a cura para as feridas e a solução para os problemas não está na bebida nem nas outras drogas. Está na fé em Deus e na força de vontade. Hoje me considero um vitorioso, e dedico essa conquista à Cohidro, que me estendeu a mão no momento em que mais precisei”, declara seu Domingos, emocionado.

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