Festejos juninos agitam Centros de Referência da Assistência Social
No Programa Viver Legal, o Grupo de Convivência, formado por idosos atendidos no Centro Especializado da Assistência Social Castelo Branco, dançou muito forró e bateu firme o pé no chão no ritmo do xaxado, demonstrando toda a energia e disposição. A quadrilha junina intitulada ‘Vovô sou mais eu’, levantou muitos aplausos dos presentes, contagiando a todos com a alegria de viver e a disposição dos idosos que estavam radiantes em relembrar o tradicional São João. “Me sinto radiante de poder lembrar do meu tempo de jovem, no qual dançava e brincava muito nesta época”, comentou Dona Maria José Santos, 66, integrante do Grupo de Convivência daquele CREAS.
Dona Maria José conta que depois que entrou para o Grupo de Convivência sua vida ganhou novo sentido. “Antes tinha muitos problemas de saúde como diabetes e pressão alta, depois que passei a freqüentar o grupo, minha vida melhorou muito e hoje sou uma pessoa mais feliz e tenho a maior alegria de viver”, afirmou. “Quando estou reunido com meus amigos esqueço de todos os meus problemas”, completou dona Maria.
Jovens integrantes do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti) deram seqüência às festividades com apresentação de danças e quadrilhas juninas, fazendo ressaltar a importância da tradição nordestina. “Desde pequeno gosto de dançar quadrilha e, quando chega o São João, me visto de caipira e me acabo na quadrilha”, destacou Joelson dos Santos Feitosa, um dos garotos do Peti, que viu sua vida completamente transformada depois que passou a freqüentar a jornada ampliada do Peti.
Conforme revelou, antes do Peti, Joelson vivia em situação de risco e vulnerabilidade social, tendo nas rua da cidade, seu único meio de sobrevivência. Para ajudar aos pais, ele trabalhava pegando carrego nas feiras-livres. “Não tenho nenhuma saudade deste tempo. Hoje só penso em ter um futuro melhor e agradeço muito ao programa por isso”, ressaltou o jovem, que não escondia a emoção.
Os jovens que são atendidos no Programa Viver Legal, criado há dois anos pela Semasc e executado em parceria com o Juizado da 17ª Vara da Infância e Juventude para promover ressocialização de adolescentes em conflito com a lei, também contagiaram a festa com alegria e espontaneidade. “Nunca tive oportunidade de participar de uma festa dessa e estar aqui é muito gratificante e importante para mim”, afirmou P.G.A., que já contabiliza avanços em sua vida depois que passou a receber orientação da equipe multidisciplinar do Programa Viver Legal.
A secretária Municipal de Assistência Social e Cidadania, Rosária Rabelo, esteve presente às comemorações e ressaltou a importância das festividades. “Este é um momento de descontração e integração e espero que vocês aproveitem ao máximo esta festa que a Semasc está proporcionando com muito carinho”, destacou a secretária. Nos CREAS e CEREAS, a animação é o ingrediente máximo associado às comidas típicas servidas, que animam os pares que desfilam dançando quadrilha. Os garotos do Projeto Um Canto em Cada Canto, fizeram uma exemplar apresentação, que deixou todo o público encantado com o talento do grupo.
A diretora do CRAS Castelo Branco, Vilma Teixeira Bastos, destaca a importância da integração promovida pela Semasc. “Esta festa é mais uma forma de tentar inserir os jovens na sociedade, mostrando que eles não são diferentes e que podem viver na comunidade”, disse.
Na avaliação da diretora do CREAS Professor Gonçalo Rollemberg Leite, Maria Íris da Silva Nascimento Ferreira, festejos como este, promovem integração e um resgate cultural. “Estamos perpetuando nossa cultura, passando as tradições juninas para todas as idades”, disse. Os garotos do Peti do bairro América e do próprio CREAS apresentaram coreografias juninas e dançaram a tradicional quadrilha. Um momento importante e que chamou a atenção da platéia foi o casamento caipira, encenado com muito empenho e realismo pelos jovens do Peti. “Achei tudo impressionante e gostei muito. Eles estão de parabéns”, destacou dona Carmelita de Souza, moradora do bairro e que prestigiou o evento. Ao final da celebração do casamento, o salão foi liberado e todos caíram no forró.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text] [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]
