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O Especial Aperipê deste domingo, 30, revela um pouco sobre os rituais dos penitentes realizados durante a Semana Santa nos municípios sergipanos de Tomar do Geru, Frei Paulo, Laranjeiras, Nossa Senhora da Glória, Nossa Senhora das Dores e Ilha das Flores. Dirigido por Pascoal Maynard, o documentário exibido a partir das 21h30min na Aperipê TV fala sobre as manifestações dos ‘alimentadores de almas’ e dos autoflagelantes. O especial conta ainda com depoimentos dos pesquisadores da Secretaria de Estado da Cultura Maurelina Santos e Antônio Amaral, que comentam sobre as origens e características dessa tradição secular da cultura popular.

A produção mostra parte dos rituais em que os ‘alimentadores de almas’ fazem orações e entoam cânticos como forma de libertar as almas do purgatório. Já os autoflagelantes mutilam o próprio corpo com o intuito de se redimir dos seus pecados e também de salvar outros espíritos. A estimativa é de que haja 50 grupos de penitentes no total. Os autoflagelantes se concentram nas cidades de Tomar do Geru, incluindo o povoado Serrão, e Ilha das Flores, enquanto os ‘alimentadores de alma’ se encontram nos municípios de Nossa Senhora da Glória, como também em seus povoados Piabas e Cabeça da Vaca; Nossa Senhora das Dores; Laranjeiras e Frei Paulo. 

"O registro que fizemos dos ‘alimentadores de alma’ apresenta imagens esteticamente bastante bonitas, enquanto as imagens dos autoflagelantes são muito violentas", disse Pascoal Maynard. O diretor ressaltou que os rituais dos ‘alimentadores de almas’ são mais restritos, mas os dos autoflagelantes atraem muitos curiosos da população local. "Pela presença de muitas pessoas, a prática, inclusive, deixa de ser um ritual religioso, cultural, para se tornar um espetáculo", observou ele. 

De acordo com Pascoal Maynard, a produção da Aperipê TV preocupou-se em não desvirtuar os rituais dos penitentes pela presença da equipe de filmagem, o que inclui o cuidado com a iluminação feita a partir de velas. O cuidado na captura das imagens também procura proporcionar ao espectador uma fidelidade às práticas apresentadas no documentário. O diretor ressalta que a emissora se preocupou em fazer apenas o registro, sem juízo de valor, dessa manifestação secular da cultura popular trazida pelos jesuítas.

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